São Paulo, SP – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou hoje que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 102,7 mil toneladas em setembro. O número é 8,5% menor que o registrado no mesmo período de 2021, quando foram embarcadas 112,2 mil toneladas.
No mesmo período comparativo, as vendas de carne suína alcançaram receita de US$ 244,3 milhões, resultado 4,5% menor que o registrado em setembro do ano passado, com US$ 255,8 milhões.
“O preço médio das vendas internacionais de carne suína vem se recuperando significativamente desde junho deste ano. Em setembro registrou os preços médios em patamares próximos ao visto no ápice da crise internacional de Peste Suína Africana, quando houve maior pressão do mercado global por proteína animal”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Rua disse que o resultado é uma sinalização positiva para o comportamento das exportações neste segundo semestre e para a minimização das perdas da suinocultura brasileira no primeiro semestre.
No acumulado do ano, as vendas de carne suína alcançaram 825 mil toneladas, dado 5% menor em relação ao embarcado entre janeiro e setembro de 2021, com 868,8 mil toneladas.
O total da receita acumulada nos nove primeiros meses de 2022 chega a US$ 1,851 bilhão, número 10,2% menor que o realizado no mesmo período de 2021, com US$ 2,061 bilhões.
“Os embarques de carne suína vem recuperando gradativamente os níveis das exportações ao longo do ano. No primeiro trimestre, a média mensal ficou abaixo de 80 mil toneladas. Nos três meses seguintes, o Brasil alcançou média mensal superior a 90 mil toneladas.
No terceiro trimestre, superamos a média mensal de 100 mil toneladas, o que sinaliza para um fechamento de ano acima do esperado, em relação às projeções traçadas no início de 2022, em patamares próximos ao realizado em 2021”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Principal destino das exportações brasileiras de carne suína, a China importou em setembro 46,9 mil toneladas (-12,1%), seguida por Hong Kong, com 8,1 mil toneladas (-48,5%), Chile, com 7,1 mil toneladas (+46,2%), Filipinas, com 6,4 mil toneladas (+53,2%), Vietnã, com 5,5 mil toneladas (+26,3%) e Angola, com 4,5 mil toneladas (+92,4%).