São Paulo – Em uma decisão amplamente antecipada pelo mercado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou que manterá a taxa de juros inalterada na faixa entre 5,25% e 5,50%.
Segundo o comunicado oficial, essa decisão ocorre em meio a uma economia que continua a mostrar sinais robustos de crescimento, com ganhos de emprego fortes e uma taxa de desemprego persistentemente baixa.
Os indicadores recentes sugerem que “a atividade econômica nos Estados Unidos tem se expandido a um ritmo sólido”. O mercado de trabalho mantém-se vigoroso, com ganhos de emprego consideráveis. De acordo com o Fed, a taxa de desemprego permanece em níveis baixos, sinalizando um mercado de trabalho saudável.
Embora a inflação tenha diminuído ao longo do último ano, ela “continua elevada e longe da meta de 2% estabelecida pelo Comitê”. Nos últimos meses, houve progresso modesto em direção a essa meta, mas o caminho ainda é incerto. O Comitê destacou que permanece “altamente atento aos riscos de inflação”, ressaltando a importância de monitorar continuamente a situação econômica e ajustar a política monetária conforme necessário.
O Fomc reafirmou seu compromisso de “alcançar o máximo de emprego e uma inflação estável na taxa de 2% a longo prazo”. O Comitê julga que os riscos para alcançar essas metas “se equilibraram melhor ao longo do último ano”, apesar da incerteza econômica persistente.
Em seu comunicado, o Comitê enfatizou que “a perspectiva econômica é incerta” e que continuará avaliando cuidadosamente os dados recebidos e a evolução das perspectivas. Qualquer ajuste futuro na política monetária será considerado com base em “uma ampla gama de informações, incluindo condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e desenvolvimentos financeiros e internacionais”.
O Fomc também reiterou que “não espera reduzir a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais até ter maior confiança de que a inflação está se movendo de maneira sustentável em direção à meta de 2%”. Paralelamente, o Comitê continuará com sua política de “reduzir as participações em títulos do Tesouro, dívida de agências e títulos hipotecários de agências”, reforçando seu compromisso de combater a inflação.
A decisão de manter a taxa de juros foi unânime entre os membros votantes do Comitê. O Presidente Jerome H. Powell, juntamente com John C. Williams, Thomas I. Barkin, Michael S. Barr, Raphael W. Bostic, Michelle W. Bowman, Lisa D. Cook, Mary C. Daly, Philip N. Jefferson, Adriana D. Kugler, Loretta J. Mester e Christopher J. Waller, todos votaram a favor da ação de política monetária.
