São Paulo – Como era amplamente esperado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manteve a taxa de juros dos Estados Unidos na faixa entre zero e 0,25% ao ano, além de confirmar a compra de pelo menos US$ 120 bilhões em ativos por mês em sua última reunião de política monetária do ano.
Na decisão, que foi unânime, o Fomc reforçou ainda o compromisso no apoio à economia durante a pandemia do novo coronavírus e a capacidade de ajustar suas políticas caso seja necessário para atingir seu objetivo de estabilidade de preços e pleno emprego.
“O Federal Reserve está empenhado em usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar a economia dos Estados Unidos neste momento desafiador, promovendo assim suas metas de emprego máximo e estabilidade de preços”, diz o comunicado.
Mais uma vez, o comitê reforçou que a trajetória da economia dependerá significativamente do curso do vírus e que a atual crise de saúde pública continuará a pesar sobre a atividade econômica, o emprego e a inflação no curto prazo, além de apresentar riscos consideráveis para as perspectivas econômicas no médio prazo.
Apesar dos desafios, o Fomc indicou que a atividade econômica e o emprego continuaram a recuperar nos Estados Unidos, embora permaneçam bem abaixo dos níveis do início do ano. Já as condições financeiras gerais, segundo o comitê, permanecem acomodatícias, em parte refletindo medidas de política para apoiar a economia e o fluxo de crédito para famílias e empresas dos Estados Unidos.
“A demanda mais fraca e quedas anteriores nos preços do petróleo têm mantido a inflação dos preços ao consumidor baixa”, diz o comunicado.
Por isso, o banco central norte-americano reforçou seu compromisso com a nova estratégia de inflação, permitindo que a taxa fique acima de 2% por algum tempo para compensar períodos em que esteve mais baixa. Além disso, também indicou que não irá elevar os juros assim que a taxa de desemprego cair no país.