São Paulo – As maiores instituições financeiras dos Estados Unidos terão que provar ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que são capazes de lidar com uma taxa de desemprego de acima de 10%, uma retração econômica de 4,0% e uma queda de 55,0% nos preços das ações.
Os chamados testes de estresse, conduzidos anualmente para ver como os bancos reagem a choques econômicos e de mercado drásticos, vão apresentar um cenário no qual uma recessão global grave leva a um estresse significativo nos mercados imobiliário e de dívida corporativa, segundo o Fed.
Sob esse cenário, a hipotética recessão começa no primeiro trimestre de 2021, com a taxa de desemprego dos Estados Unidos no cenário severamente adverso subindo para 10,75% no terceiro trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) caindo 4,0% durante o terceiro trimestre de 2022 em relação ao quarto trimestre de 2020 e com os preços das ações baixando 55,0%.
“O setor bancário forneceu um apoio crítico para a recuperação econômica no ano passado. Embora a incerteza permaneça, este teste de estresse dará ao público informações adicionais sobre sua resiliência”, disse o vice-presidente de supervisão do Fed, Randal Quarles.
Designados para medir o estado do sistema bancário dos Estados Unidos, os testes de estresse foram ajustados no ano passado para estudar o efeito da recessão da pandemia do novo coronavírus.
Após os últimos testes de estresse, o Fed disse que os bancos poderiam retomar as recompras de ações no primeiro trimestre, desde que atinjam as metas de lucro. O banco central norte-americano ainda não deu orientação sobre quanto os credores podem pagar no segundo trimestre.