Fernández mantém esperança de acordo com FMI sem ajustes fiscais

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Buenos Aires – O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que tem esperança de chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com base no aumento da produção industrial exportada e geradora de dólares para pagar dívidas, enquanto descarta políticas de ajuste fiscal nos próximos anos de mandato.

“A Argentina vai acabar crescendo mais de 10%, e praticamente este ano teremos recuperado a queda que tivemos no ano passado”, destacou Fernández durante seu discurso no Gzero Summit Latin America 2021, embora tenha reconhecido que um crescimento de 10% no país com uma pobreza de 40% é injusto.

O presidente descartou que pretenda aplicar uma política de ajuste fiscal e a chamou de “capitalismo de descarte”.

Ao mesmo tempo, ele insistiu com seus desejos de cumprir o pagamento da dívida externa com o FMI. “Os argentinos devem desenvolver-se para poderem pagar suas dívidas. E esse é o maior desafio que tenho e é o que estou determinado a levar adiante”, disse.

Ele agradeceu o apoio de organizações de crédito mundiais, como a Andean Development Corporation, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial.

Por fim, o Chefe de Estado insistiu com a proposta de troca de dívida com as políticas climáticas e mencionou que os países que mais emitem gases poluentes não são aqueles que garantem espaços verdes.

Tradução: Cristiana Euclydes