São Paulo – O índice de Confiança do setor de Serviços (ICS) caiu 2,3 em janeiro em relação a dezembro, a 83,2 pontos, emplacando o segundo mês consecutivo de queda, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador fica ainda mais distante do nível pré-pandemia, a 94,4 pontos, visto em fevereiro.
“A queda no mês foi influenciada tanto pela piora na percepção do volume de serviços prestados no mês quanto das expectativas com os próximos meses mostrando que o caminho é bastante desafiador”, analisou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
A abertura do dado mensal mostra que houve queda da confiança do setor em nove das 13 atividades pesquisadas e foi determinada pela piora da avaliação nos dois horizontes temporais.
Em base mensal, o Indice de Situação Atual (ISA) cedeu 1,4 ponto, a 78,6 pontos, na segunda queda mensal seguida, enquanto o Indice de Expectativas (IE) teve queda de 3,3 ponto, a 88,0 pontos, no menor valor desde julho. Já o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de serviços retrocedeu 1,0 ponto percentual (pp), a 82,4%, depois de no mês passado ter atingido o maior nível desde setembro de 2015.
“O setor, principalmente no que tange aos serviços prestados às famílias, é o que mais tem sofrido na pandemia”, observou Tobler. “Apesar do início da vacinação, o aumento do número de casos e a velocidade da imunização da população devem determinar o ritmo de recuperação considerando que isso afeta diretamente na cautela dos consumidores”, acrescentou ele.
A edição deste mês coletou informações de 1.452 empresas entre os dias 1 e 24. A próxima divulgação da sondagem de serviços será em 29 de março.