O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) interrompeu a breve recuperação observada no mês passado e caiu 9,8 pontos em março em relação a fevereiro, a 68,2 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A entidade aponta o recrudescimento da pandemia e o colapso do sistema de saúde como os principais motivos do forte recuo, que levou o índice ao nível mais baixo desde maio do ano passado.
A abertura do dado mensal mostra que o resultado reflete a piora da percepção em relação ao presente e também ao futuro. Em base mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 5,5 pontos, a 64,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 12,3 pontos, a 72,5 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, os que medem o grau de satisfação com a situação atual em relação à economia geral e sobre a condição financeira registraram intensa deterioração. Em relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia foi o que mais contribuiu para a queda da confiança, influenciando também negativamente a percepção sobre a situação financeira das famílias.
Na análise por renda, houve piora da confiança em todas as faixas, mas com maiopr intensidade nas famílias de renda mais baixa. Entre aquelas com renda até R$ 2,1 mil, o índice retrocedeu 11,8 pontos em março, para 63,5 pontos.
A edição deste mês coletou informações de 1.644 domicílios entre os dias 1 e 20 de março. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 28 de abril.