O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou sutil desaceleração em fevereiro, subindo 2,71% em janeiro, após avançar 2,91% em janeiro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado, porém, ficou bem acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +1,28%. Com isso, o indicador acumula altas de 5,69% no que vai do ano e de 29,95% em 12 meses, resultado que também ficou acima da previsão, de +6,55%, ainda segundo o Termômetro CMA.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou a alta de 3,92% em janeiro e subiu 3,40% em fevereiro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ganhou força e avançou 0,54%, de +0,27% no mês anterior, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,89% para +1,89%, no mesmo período.
No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais acelerou a alta de 0,79% em janeiro e subiu 1,80% em fevereiro, sendo que a maior influência veio do subgrupo combustíveis para consumo, cuja taxa passou de 6,64% para +15,43%. O subíndice de bens intermediários ganhou força e passou de 2,88% no mês anterior para +6,60% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas desacelerou a alta de 7,29% e saltou 2,08%, no período.
No IPC, três das oito classes de despesa apresentaram acréscimo nas taxas de variação de preços, na passagem de janeiro para fevereiro, sendo eles Habitação (-1,16% para +0,08%) e Transporte (+0,88% para +2,29%) e Saúde e Cuidados Pessoas (+0,28% para 0,29%). Nessas classes de despesa, merece atenção o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-6,69% para -0,08%), gasolina (+2,61% para 6,90% e desodorante (de -1,76% para -1,71%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais e equipamentos acelerou o ritmo de alta e subiu 4,38% em fevereiro, de +1,37% em janeiro, enquanto o custo da mão de obra passou de +0,55% no mês anterior para +0,12% no mês passado e classe serviços avançou de +0,79% para +1,00%.
