Fluxo de veículos em estradas pedagiadas recua 1,2% em dezembro

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São Paulo, SP – O Índice ABCR, que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas, apresentou queda de 1,2% em dezembro na comparação dessazonalizada com novembro,
informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias e a Tendências Consultoria. Mantida a comparação dessazonalizada, o resultado decorreu da queda de 3,3% de veículos pesados em contraste com a pequena redução de 0,3% de veículos leves.

Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 0,3%, devido ao crescimento de 0,6% de leves, apesar do recuo de 0,7% de pesados. No acumulado do ano, o índice total teve aumento de 3,3%, fruto da alta de 2,9% de veículos leves e 4,6% de pesados.

“Apesar da queda em dezembro, o índice total acumulou alta de 3,3% em 2024, acompanhado por expansões de 2,9% em veículos leves e 4,6% em pesados. Do ponto de vista econômico, o desempenho captou os efeitos positivos do fortalecimento do poder de compra das famílias, impulsionado pelo crescimento da massa de rendimentos, em um contexto de elevação das transferências de renda, e pela melhora nas condições financeiras, ainda que concentradas no primeiro semestre. Esses fatores beneficiaram o consumo das famílias em viagens de lazer e de bens de consumo”, destacaram os
analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.

Em relação ao resultado de dezembro, o destaque foi a queda de 3,3% no fluxo de veículos
comerciais, segunda perda mensal consecutiva. O resultado negativo de novembro parece representar um ajuste após uma sequência de crescimento nos meses anteriores, enquanto o resultado de dezembro está associado às datas de ocorrência do Natal e Ano Novo tais dias ocorreram na terça-feira, retirando dois dias úteis de dezembro deste ano.

“O ambiente macroeconômico mais desafiador nos últimos meses, marcado por condições de crédito restritivas e maiores incertezas, tem impactado negativamente o transporte de cargas na indústria e no comércio varejista. Esse cenário deve continuar pressionando o setor nos próximos meses, ainda que a expansão moderada da massa de ronda das famílias e a expectativa de uma safra recorde de grãos neste ano podem oferecer suporte parcial à demanda por fretes”, explicou Xavier.