São Paulo, SP – A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria divulgaram hoje os dados do índice ABCR, que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas, que avançou 0,2% em junho em comparação o mês de maio, que tinha crescido 1,3% em relação a abril.
Na comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves registrou estabilidade (0,0%), enquanto o fluxo de veículos pesados cresceu 0,2%. Em relação a junho de 2022, o índice total aumentou 7,9%, beneficiado pela alta de 10% de leves e, em menor medida, 2,1% de pesados. Nos últimos doze meses, o índice total acumula avanço de 5%, fruto do aumento de 6,3% de veículos leves e 1,2% de pesados.
Segundo os analistas da Tendências Consultoria, Matheus Ferreira e Davi Cardoso, o índice tem se beneficiado pelo ambiente macroeconômico favorável ao consumo discricionário, sobretudo das famílias de renda mais alta, favorecido pela resiliência do mercado de trabalho formal e pelos níveis de poupança ainda elevados. De toda forma, a tendência é desaceleração, em virtude de fatores como a alta inadimplência e o comprometimento de renda elevado das famílias.
“Apesar de ter avançado na margem dessazonalizada, o fluxo de pesados arrefeceu em junho. O desempenho limitado é influenciado, principalmente, pela redução do ímpeto da demanda de fretes pela agropecuária, em decorrência de término do período sazonal de escoamento da safra de grãos, sobretudo da soja. Além disso, o baixo dinamismo da produção industrial e do comércio varejista de bens duráveis, diante das condições financeiras restritivas, restringe o transporte de cargas”, concluíram os analistas da Tendências.