Por Julieta Marino
Buenos Aires – A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que gostaria de ver “o que está pensando”, o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, para seu governo e que o plano proposto pelo FMI deve estar de acordo com os “limites orçamentários”, com atenção aos mais vulneráveis.
“Nós gostaríamos de ver o que o governo [do presidente eleito] está pensando. Nós reconhecemos que na Argentina a pobreza aumentou, é por isso que qualquer plano implementado pelo governo deve levar em consideração o impacto que terá nos mais vulneráveis “Bloomberg TV”.
“Em outras palavras, esperamos ver uma forte atenção à proteção social”, disse. Ela explicou que já havia conversado com seus colegas no Banco Mundial e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para colaborar em um plano deste tipo.
Ela também indicou que “o governo deve ver a maneira de viver dentro da limites orçamentários que existem e para isso devem continuar trabalhando para ver quais são as despesas que não são valiosas para o país. Cada país deve ver quais são. Como fazer isso? Devem ser mais cuidados em termos depolíticas que incentivem investimentos e estimulem o crescimento”, afirmou.
A Argentina assinou um acordo de US$ 57 bilhões com o FMI em junho de 2018, dos quais a agência já desembolsou US$ 43 bilhões. No início de outubro, o governo de Mauricio Macri tentou administrar a liberação dos US$ 5,4 bilhões que deviam chegar em setembro. Porém, na ocasião, o Fundo preferiu esperar pelos resultados das eleições gerais e conhecer os planos do próximo governo antes de se sentar para negociar.
