FMI revisa projeção de alta de PIB mundial de 5,2% para 5,5% em 2021

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São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial para este ano, citando o avanço em vacinas contra o novo coronavírus e os estímulos fiscais adotadas em várias grandes economias, que aumentaram as expectativas por um fortalecimento econômico.

Para 2021, o FMI prevê alta de 5,5% no PIB mundial, ante previsão de avanço de 5,2% divulgada no relatório anterior, em outubro de 2020. Para 2022, a previsão ficou inalterada em crescimento de 4,2%. No ano passado, a economia mundial encolheu 3,5%.

“A previsão para 2021 foi revisada para cima em 0,3 ponto percentual (pp) em relação à previsão anterior, refletindo as expectativas de um fortalecimento da atividade no final do ano alimentado pela vacina e o apoio adicional à política em algumas grandes economias”, diz o documento.

Segundo o FMI, várias aprovações de vacinas contra covid-19 e o lançamento de vacinação em alguns países em dezembro aumentaram as esperanças de um eventual fim da pandemia. Já medidas adicionais de estímulos, em especial nos Estados Unidos e no Japão, devem apoiar a economia global este ano e no próximo.

Por outro lado, “renovadas ondas e novas variantes do vírus representam preocupações para o panorama”, segundo o FMI, além de novos bloqueios, problemas logísticos com a distribuição da vacina e incerteza sobre a aceitação.

“Ainda há muito a ser feito nas frentes de saúde e de política econômica para limitar os danos persistentes da severa contração de 2020 e garantir uma recuperação sustentada”, de acordo com o relatório. Para o FMI, o cenário global é de “incerteza excepcional”.

O FMI diz ainda que a força da recuperação deve variar entre os países, dependendo do acesso às intervenções médicas, eficácia da política de suporte, exposição a repercussões entre países e características estruturais no período de entrada na crise.

Assim, as políticas de apoio devem garantir um crescimento que beneficia a todos e acelerar a transição para uma menor dependência de carbono, impulsionando investimentos verdes. “É necessária uma forte cooperação multilateral para trazer a pandemia sob controle em todos os lugares”.