Focus prevê de inflação a 4,92% em 2023; PIB deve crescer 2,56 até o fim do ano

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São Paulo – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 4,90% para 4,92% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 9,97% para 10,02%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu de -3,44% para -3,56%.

Para 2024, as instituições financeiras elevaram de 3,87% para 3,88% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 aumentou de 4,27% para 4,28%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,00%.

As entidades ainda elevaram de 2,31% para 2,56% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 diminuiu de 1,33% para 1,32%.

O Banco Central estima que a economia brasileira crescerá 2%% em 2023, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em junho.

Os agentes econômicos também mantiveram em 11,75% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 13,25%, o que significa que o mercado espera um corte de -1,50 ponto porcentual (pp) até o final do ano.

Para 2024, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 9,00%.

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 4,98 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,00 por dólar. Há quatro semanas, quatro semanas, a previsão para 2024 era igual, mas a estimativa para 2023 era menor, de R$ 4,90

BALANÇA COMERCIAL

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram a previsão de superávit comercial em 2023 para US$ 72,35 bilhões, de US$ 70,90 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 43,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 43,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.

Para 2024, as instituições mantiveram a previsão de superávit comercial em US$ 72,35 bilhões, de US$ 70,90 bilhões na semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 50,20 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 50,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.

Já em relação ao déficit primário, mantiveram a previsão em 1,00% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023, mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,45% do PIB, superior ao saldo negativo de 7,40% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 diminuiu para 60,45% do PIB, comparada à projeção de 60,60% do PIB da semana passada.

Para 2024, as instituições reduziram a previsão de déficit primário para 0,71% do PIB, de 0,75% na semana passada.

A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,80% do PIB, inferior ao saldo negativo de 6,90% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2024 ficou estável em 63,95% do PIB.