São Paulo, 2 de janeiro de 2024 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram em 4,46% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 9,17% para 9,18%.
Para 2024, as instituições financeiras reduziram de 3,91% para 3,90% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.
A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,34% para 4,33%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,07%.
As instituições mantiveram em 2,92% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 ficou estável em 1,52%.
O BC estima que a economia brasileira crescerá 3% em 2023, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em dezembro.
A pesquisa manteve em 9,00% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024. Atualmente, ela está em 11,75%, o que significa que o mercado espera um corte de 2,75 ponto porcentual (pp) até o final do ano. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2024 estava em 9,25%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 segue em R$ 5,00. Há quatro semanas, a Pesquisa indicava dólar a R$ 5,03.
As instituições financeiras elevaram a previsão de déficit primário em 2023 para 1,50% do Produto Interno Bruto (PIB), de 1,40% na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros. Para 2024, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 0,80% do PIB, mesmo valor observado na semana passada.
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