Focus volta a reduzir estimativas de inflação e eleva previsões para o PIB

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São Paulo, 12 de setembro de 2022 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 5,27% para 5,17% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – diminuiu de 6,46% para 6,33%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 4,70% para 4,71%.

Para 2022, as instituições financeiras reduziram de 6,61% para 6,40% a previsão para a inflação medida pelo IPCA.

A previsão de inflação nos preços administrados em 2022 passou de -2,24% para -2,94%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M caiu de 9,96% para 9,61%.

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 0,47% para 0,50% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2022 aumentou de 2,26% para 2,39%.

Selic e câmbio

 

As instituições mantiveram em 11,25% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 13,75%, o que significa que o mercado espera um recuo de 2,50 pontos porcentuais (pp) até o final do ano que vem. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2023 estava em 11,00%.

Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 13,75%.

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,20 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,20 por dólar.  Há quatro semanas, as previsões eram as mesmas tanto para 2023 quanto para 2022.

As instituições mantiveram a previsão de superávit comercial em 2023 em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 30,60 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 30,00 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 ficou estável em US$ 66,00 bilhões.

Para 2022, as instituições reduziram a previsão de superávit comercial para US$ 66,92 bilhões, contra US$ 68,03 bilhões da semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 25,00 bilhões, superior ao saldo negativo de US$ 19,10 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2022 ficou estável em US$ 60,00 bilhões.

As instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 2023 em 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,70% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,70% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 diminuiu para 63,05% do PIB, comparada à projeção de 63,30% do PIB da semana passada.

Para 2022, as instituições elevaram a previsão de superávit primário para 0,50% do PIB, de 0,30% na semana passada.

A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,75% do PIB, igual ao saldo negativo de 6,75% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2022 ficou estável em 59,00% do PIB.

 

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