Como era esperado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) elevou em 0,75pp a taxa de juros, elevando-a para a faixa entre 3% e 3,25%. A decisão foi unânime.
Segundo o comunicado divulgado em conjunto com a decisão da taxa de juros, os indicadores recentes mostram um crescimento modesto nos gastos e na produção, “os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa”.
Por outro lado, a inflação continua alta, o que mostra o desequilíbrio entre oferta e demanda ainda relacionados à pandemia. Os preços dos alimentos e energia pressionam a alta sobre os preços.
O comunicado cita a guerra da Rússia contra a Ucrânia como causadora de dificuldades humanas e econômicas, o que cria mais pressão sobre a inflação e pesa na atividade econômica do mundo como um todo.
“O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais para 3% a 3,25% e prevê que os aumentos contínuos na faixa-alvo serão apropriados”, adverte. Além disso, a participação nos títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas serão diminuídas.
O Fomc continuará monitorando a situação atual, para ajustar a política monetária de acordo com os riscos que vierem surgindo. “As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, conclui.
