FPA ainda avalia com Lira possível inclusão das proteínas animais na cesta básica, confirma Lupion

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São Paulo, 15 de abril de 2024 – O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR) disse hoje, em entrevista à Globonews, que ainda está negociando com o presidente da Câmara, Arthur Lira, a inclusão das proteínas animais na cesta básica no texto da reforma tributária que deve ser votado nesta semana. “Sempre defendemos a entrada das proteínas na cesta básica, antes mesmo das manifestações do presidente Lula”, justificou.

Segundo Lupion, que disse ter se reunido durante 3 horas ontem com Lira, as diferenças estão no impacto da entrada do setor na cesta básica. Lira aponta um impacto de 0,57 ponto no IVA, considerando alto até por Lupion. O presidente da FPA, no entanto, diz ter estudos que apontam um impacto de 0,2 ponto, considerado viável por ele. Lupion disse ainda ter dúvidas sobre a viabilidade do cashback e, por isso, defende a inclusão no texto da questão da cesta básica.

“Se conseguirmos comprovar que o impacto é de 0,2 ponto, as carnes na cesta básica entram no texto”, completou Lupion. “Precisamos ver o impacto efetivo da entrada das carnes. Temos consciência que o impacto não pode ser ruim para ninguém”. O deputado disse que Lira está focado em votar aprovar o texto ainda essa semana e que, mesmo assim, acha que a inclusão da carne pode entrar na pauta.

O deputado se mostrou contrário a qualquer imposto seletivo, seja para carros elétricos, bebidas açucaradas ou alcoólicas. “O imposto seletivo tem apenas caráter arercadatório”, justificou.

O presidente da FPA disse ainda não ter problemas pessoais com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, independente de divergências ideológicas com o atual governo. Assegurou que a Frente vai continuar defendendo os interesses do setor. O parlamentar acrescentou que debateu diretamente com o ministro o Plano Safra, fazendo os elogios e as críticas necessárias.

‘O seguro rural, por exemplo, ficou aquém das necessidades do setor, mas elogiamos o volume de recursos e as taxas de juros”, exemplificou. Sobre as divergências com o governo, citou a questão do leilão de arroz, considerado por ele desnecessário, e a prometida queda nos custos de produção.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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