FPSO Guanabara, da Petrobras, chega ao campo de Mero, na Bacia de Santos

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São Paulo – A Petrobras divulgou que o navio-plataforma Guanabara chegou ao campo de Mero, localizado no Bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), será o
primeiro sistema definitivo a operar em Mero, terceiro maior campo do pré-sal
(atrás de Búzios e Tupi).
A unidade será conectada aos poços, equipamentos submarinos e fará testes finais nos próximos meses, antes de iniciar a produção, prevista para o primeiro semestre deste ano. O FPSO Guanabara foi convertido e integrado no estaleiro DSIC, em Dalian – China. Após deixar a cidade chinesa, a plataforma ficou cerca de dois meses no estaleiro Drydocks World Dubai (DDWD), em Dubai, para atividades de comissionamento.
Com capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 12 milhões de m3 de gás, o FPSO Guanabara será o primeiro de uma série de quatro plataformas definitivas programadas para o campo de Mero entre 2022 e 2026. A unidade será instalada a mais de 150 km da costa, em profundidade dágua que chega a 1.930 metros, equivalente a quatro vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar.
A plataforma tem altura de 172 metros, equivalente a 4,6 estátuas do Cristo
Redentor e comprimento de 332 metros, ou três campos de futebol. Além disso,
tem capacidade de geração de energia de 100 megawatts, suficiente para
abastecer uma cidade de 330 mil habitantes.
Para o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, o desenvolvimento do campo de Mero será decisivo para manter o ritmo acelerado da produção do pré-sal. Além disso, reflete a estratégia da companhia de focar em ativos em águas profundas, que combinam reservas substanciais, elevada produtividade e resiliência mesmo em cenários de baixos preços do petróleo.
“Mero consagra ainda o trabalho integrado com nossos parceiros e fornecedores, além de impulsionar soluções inovadoras e sustentáveis, que ampliaram os limites tecnológicos da indústria mundial de petróleo”, afirmou Borges.
Borges destacou ainda que o desenvolvimento da produção deste campo é uma tecnologia inédita, focada na redução de emissões de gases de efeito estufa e aumento da produtividade e eficiência do projeto: o HISEP, equipamento que irá remover ainda no leito submarino o excesso de gás rico em CO2 presente em Mero.
A tecnologia é patente da Petrobras, com potencial para ampliar a produção e a eficiência do campo, além de reduzir custos e emissões de gases. A previsão é que o HISEP entre em operação conectado à terceira plataforma definitiva programada para o campo de Mero.
O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell Brasil (20%), TotalEnergies (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo
como gestora a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA).