Fusão entre Fiat e Peugeot estreia na bolsa francesa e italiana

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São Paulo — A Fiat Chrysler Automobiles NV e a Peugeot PSA Group consolidaram sua fusão no sábado, criando a Stellantis NV, uma gigante automobilística global que estreou hoje na bolsa de Paris e de Milão, e deve começar a ser negociada em Wall Street amanhã.

“A fusão entre a Peugeot e a Fiat Chrysler, que conduzirá o caminho para a criação da Stellantis, tornou-se efetiva hoje”, disseram as montadoras em comunicado.

A nova empresa já está em terceiro como maior fabricante de automóveis do mundo em vendas, de acordo com os números de 2019, os mais recentes disponíveis. No fechamento da sexta-feira, valia mais de US$ 51 bilhões.

As marcas que a fusão engloba vão desde Jeep e Ram a Peugeot, Citroën e Opel na Europa e Maserati e Alfa Romeo na ponta de luxo.

Os executivos da FCA e PSA estimam que a união poderia eventualmente produzir US$ 6 bilhões em economia anual de custos, em parte pela consolidação da engenharia e compra de peças das duas empresas para gerar economias de escala maiores.

Demorou mais de um ano para as montadoras ítalo-americana e francesa finalizarem o negócio de US$ 52 bilhões. Elas anunciaram o plano de fusão em outubro de 2019, para criar um grupo com vendas anuais de cerca de 8,1 milhões de veículos.

Agora, analistas e investidores estão voltando seu foco para como o atual presidente-executivo da PSA, Carlos Tavares, irá conduzir a nova empresa. Tavares planeja enfrentar os enormes desafios que o grupo enfrenta – desde o excesso de capacidade de produção até um péssimo desempenho na China.

Tavares dará sua primeira coletiva de imprensa como presidente da Stellantis amanhã, após tocar a campainha da Nyse com o presidente John Elkann.

A FCA e a PSA disseram que a Stellantis pode cortar custos anuais em mais de 5,0 bilhões de euros sem o fechamento de fábricas, e os investidores devem obter mais detalhes sobre como isso acontecerá amanhã.

Como todas as montadoras globais, a Stellantis precisa investir bilhões nos próximos anos para transformar seus veículos para a era elétrica.

A gigante também precisa reviver a operação do grupo na China, dividir a produção e distribuição de mercadorias pelo mundo e lidar com o excesso de capacidade que as fábricas apresentam.