São Paulo, 28 de setembro de 2023 – O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse hoje que o Brasil, comparativamente aos pares, tem vantagens que o colocam em posição mais privilegiada. A autoridade esteve em conversa com empresários chamada de Prospectiva Public Affairs LAT.AM hoje mais cedo, com o objetivo de ajudar a entender o cenário econômico internacional e os desafios da política econômica brasileira.
“Reservas internacionais robustas, por exemplo. Se há alguns anos você dissesse para alguém que o Brasil seria credor líquido internacional, com certeza essa pessoa diria que você está com problemas”, brincou. “As opções de investidores para países emergentes estão mais restrita.”
Galípolo disse, ainda que o Brasil é capaz de realizar a transição ecológica com menores custos e citou a matriz energética limpa.
“A Política monetária tem sido bem-sucedida no controle da inflação, a fim de garantir previsibilidade. Inflação que vem desacelerando de uma maneira mais lenta, mas já indicando processo de desinflação.”
Segundo ele, desde a invasão da Ucrânia tem se observado um comportamento diferente por parte das variáveis econômicas. “As revisões relativas a inflação e crescimento trazem crescimento maior e inflação menor, o que é contraintutivo.”
“O que é um alento é que não se trata de uma idiossincrasia brasileira, isso está acontecendo no mundo todo. Nos Estados Unidos , por exemplo, o mercado de trabalho está mais resiliente e sem pressão inflacionária maior.”
Para ele, para a ancoragem de 100% da inflação ser efetiva ainda é necessário um maior debate sobre as medidas fiscais em processo de aprovação. Galípolo explicou que o tema da ‘preocupação fiscal’ foi retirado da última Ata porque já não havia o temor de uma não tramitação ou aprovação do arcabouço fiscal, já que à ocasião, o projeto voltava à Câmara depois dos apontamentos dos senadores.
O ritmo de ritmo de corte da Selic (taxa básica de juros) das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) foi escolhido dessa forma para que o corpo técnico possa analisar os índices do período, segundo a autoridade. “Boa parte das autoridades monetárias tem de colocado como data dependentes.”