São Paulo – A Petrobras interrompeu o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada após testes mostrarem que o combustível continha composição química diferente dos últimos lotes comprados do exterior e que poderia ter afetado materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte.
A empresa afirmou em comunicado enviado no sábado (11) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que “ainda não há um diagnóstico completo que permita assegurar a relação de causa e efeito, o que requer um rastreamento em todo o território nacional”, e disse que o combustível importado está “de acordo com os requisitos de qualidade pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”.
No comunicado, a Petrobras também diz que apesar de ter interrompido o fornecimento de um lote específico, “todos os lotes importados estão dentro dos parâmetros exigidos pela ANP” e que “dispõe de produto importado para comercialização imediata, mantendo-se, desta forma, o fornecimento de produto ao mercado”.
“A companhia seguirá cooperando com a Agência Nacional de (ANAC) e ANP. A Petrobras importa gasolina de aviação, a partir do Golfo do México, de grandes empresas norte-americanas desde 2018, quando a unidade que produzia o combustível, na Refinaria Presidente Bernardes – Cubatão (RPBC), foi paralisada. A reforma da planta produtora sofreu atraso devido à interrupção das obras causada pela pandemia de covid-19, mas a previsão é que a produção seja reiniciada em outubro de 2020”, afirmou.