Gerdau assina acordo com Embratel para implementar 5G em fábrica

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São Paulo, SP – A Gerdau e a Embratel anunciam acordo para implementar uma rede privativa dedicada 5G e LTE 4G na planta industrial de Ouro Branco (MG), criando um backbone (rede de transporte) de TI para a evolução da digitalização da maior empresa brasileira produtora de aço.

Este é o primeiro projeto de uso da quinta geração da internet móvel no setor do aço na América Latina. Com o objetivo de criar uma infraestrutura digital habilitadora para o
desenvolvimento da indústria de aço do futuro, a iniciativa será realizada na maior usina da
Gerdau no mundo e possibilitará a ampliação do uso dos conceitos de Indústria 4.0 para alavancar a automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos, incluindo planejamento, produção e logística.

O projeto desenvolvido pela Embratel incluirá a instalação de diversas torres no local para ampliar a abrangência da conectividade e as possibilidades de automação, com cobertura em mais de 8.300.000 m2 da produtora de aço. A Embratel busca construir uma infraestrutura evolutiva, que permite inserir novas tecnologias de ponta de maneira simplificada.

Para Gustavo França, diretor global de tecnologia e digital da Gerdau, o digital deixou de ser algo isolado para ser parte do negócio, por meio da identificação de iniciativas transformacionais.

“Precisamos ampliar ainda mais as nossas capacidades digitais para viabilizarmos uma cadeia de produção totalmente conectada, aumentando eficiência e produtividade da usina. A rede privativa 5G, que será implementada em parceria com a Embratel e a Claro, nos ajudará a consolidar um backbone de tecnologia para impulsionar nossas operações”, explica o executivo.

Com o desafio de integração de infraestrutura e implementação de rede privativa em áreas extensas, a Embratel e a Gerdau desenvolveram um planejamento completo para habilitar o uso da quinta geração da internet móvel e o futuro digital da usina.

Dividido em três fases, o projeto será iniciado com a instalação de uma rede privativa LTE 4G com capacidade total de 256 Mbps. Já nessa etapa, a área coberta será maior do que a
atual, possibilitando o aumento da abrangência das iniciativas da Indústria 4.0 já adotadas na unidade. A implementação de novas aplicações terá tempo reduzido já nessa primeira parte da iniciativa.

Na segunda fase, haverá uma grande evolução somando o 5G da Claro, na frequência 3.5 GHz, à rede LTE 4G. Com o 5G e o LTE 4G, a planta passará a ter uma capacidade muito maior, totalizando 3,8 Gbps. A ultrabaixa latência fornecerá mais resiliência, disponibilidade e segurança para o local, pois aplicações críticas não terão infraestrutura compartilhada com a rede pública.

Suportada pela rede e backbone de TI instalados, a Gerdau poderá ampliar seus investimentos em dispositivos e maquinários múltiplos mais evoluídos, como veículos autônomos e telecontrolados, além da tecnologia de gêmeos digitais, Internet das Coisas e Inteligência Artificial.

A terceira fase envolverá o adensamento da rede privativa LTE 4G e 5G para fornecer ainda mais capacidade combinada, chegando a 4,8 Gbps, e ampliar a cobertura para toda a extensão operacional da planta.

O projeto inclui espectro licenciado, sem interferências, e altos padrões de segurança, pois cada máquina conectada receberá um SIMCard exclusivo para acessar a rede. Com isso, a
autenticação do equipamento será automática, sem a necessidade do uso de senhas para conexão. Essa característica é fundamental para mitigar ameaças de cibersegurança, especialmente em dispositivos críticos, que podem gerar riscos a colaboradores em caso de perda de controle.

O Diretor-Executivo da Embratel, Gustavo Silbert, disse que a implementação do 5G significa baixíssima latência, mais disponibilidade, abrangência e capacidade de rede, aspectos fundamentais para a Indústria 4.0. Siderúrgicas são lugares com alta complexidade e criticidade. Portanto, ter uma infraestrutura digital completa para habilitar um ambiente mais seguro e produtivo é fundamental.

“A Embratel está atuando lado a lado com a Gerdau para que a produtora atinja o próximo nível em sua digitalização, possibilitando a ampliação do gerenciamento e sensoriamento de ativos críticos, uso de carboxímetros conectados, caminhões autônomos, retroescavadeiras telecontroladas, além da monitoração inteligente por câmeras e drones para segurança preditiva, por exemplo”, concluiu Silbert.