GOL está aberta a aquisições e otimista com demanda corporativa

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São Paulo – A Gol está aberta a aquisições, parcerias e outras operações que possam melhorar a sua posição no mercado, embora não tenha dado detalhes sobre alguma negociação em andamento ou como espera que o cenário fique caso a sua concorrente Azul compre a Latam Brasil, em meio a rumores de que isso possa acontecer em breve.

“Há algumas discussões na mesa e já temos diferentes acordos com diferentes companhias, estamos sempre abertos a parcerias e iremos produzir mais acordos. Não descartamos joint ventures e até aquisições, qualquer tipo de operação que possa melhorar nossas condições de mercado e resultados”, disse o diretor presidente da Gol, Paulo Kakinoff, em videoconferência de encontro para investidores na bolsa de Nova York (Nyse), que celebrou os 17 anos de empresa listada na B3 e na Nyse.

Kakinoff afirmou que há uma tendência de consolidação do setor impulsionada pela pandemia, principalmente com empresas regionais enfrentando mais dificuldades. Sobre a possível operação entre a Azul e a Latam disse que ainda se trata de uma especulação e prefere não comentar como ficaria o cenário caso as duas companhias se unam, ao ser questionado por um analista.

A companhia também se mostrou mais otimista com a recuperação da demanda doméstica por voos após impactos negativos da pandemia, inclusive a demanda corporativa, conforme avança a vacinação contra a covid-19 no Brasil. Segundo a Gol, a demanda aérea corporativa pode retomar totalmente já no primeiro trimestre de 2022.

“Não esperamos que 2022 seja tão diferente de 2019, porque grande parte da demanda Brasil é de corporativa, podemos perder um pouco desse tráfico, mas já vemos uma melhora este ano que deve continuar no primeiro trimestre de 2022, disse o diretor financeiro, Richard Lark.

Segundo o executivo, grandes companhias já começam a retornar a padrões mais normais de trabalho e características do Brasil, como seu tamanho e perfil econômico, com economia baseada em recursos naturais, ainda ajudam a manter essa demanda por voos.

O diretor também afirmou que a companhia está mais segura do ponto de vista financeiro depois que reestruturou dívidas, fez um aumento de capital e incorporou a Smiles, operação que afirma que deve trazer sinergias e estimular a demanda.

A empresa ainda não se mostrou muito preocupada com o impacto do câmbio durante a pandemia e disse que busca outras fontes de aumentar receitas e rentabilidade. Uma delas está na expansão da Gollog, voltada para o transporte de cargas, e em operações logísticas.