Gol reverte prejuízo e fecha 2° trimestre com lucro líquido de R$ 556,3 milhões

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São Paulo, SP – A Gol divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 556,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,851 bilhões registrado no mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 947,3 milhões, acima dos R$ 439 milhões registrados no segundo trimestre de 2022. A margem Ebitda recorrente atingiu 22,8%, alta de 9,3 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2022.

A receita líquida somou R$ 4,1 bilhões, crescimento de 27,9% em relação ao segundo trimestre de 2022, e 32% acima da receita alcançada no segundo trimestre de 2019.

O CASK foi de 35,09 centavos (R$), representando uma redução de 7,9% quando comparado ao 2T22, principalmente influenciado pela queda no custo do combustível. O custo unitário excluindo combustível e as operações das aeronaves cargueiras apresentou redução de 1,5%.

O custo unitário combustível apresentou redução de 17,2% principalmente devido a redução do preço de querosene de aviação e maior utilização das novas aeronaves Boeing 737-MAX.

O Ebit fechou em R$ 537,2 milhões, representando uma margem operacional de 13%, alta de 11,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022. Em uma base por assento-quilômetro disponível, o Ebit atingiu 5,2 centavos (R$).

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,6 milhões, queda de 99,9% sobre as perdas financeiras de R$ 2,776 bilhões registradas no segundo trimestre de 2022. As despesas operacionais totais chegaram a R$ 3,608 bilhões, alta de 5,1% em relação ao mesmo período de 2022.

Durante o segundo trimestre de 2023, como parte do plano de transformação da frota, a companhia devolveu duas aeronaves Boeing 737-NG, o que reduziu a ociosidade da frota, e recebeu uma nova aeronave cargueiras Boeing 737-NG. Em 30 de junho de 2023, a GOL contava com uma frota de 143 aeronaves Boeing 737, sendo 38 MAXs, 101 NGs e quatro cargueiros 800BCFs.

A demanda no mercado doméstico atingiu 7.160 milhões de RPK, um aumento de 10,9% comparado ao mesmo período de 2022. A oferta no mercado doméstico por sua vez atingiu 9.265 milhões de ASK, representando um aumento de 9,9% comparado ao segundo trimestre de 2022. A taxa de ocupação foi de 77,3% e a Companhia transportou cerca de 6,7 milhões de Clientes, um incremento de 15,1% comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior.

A oferta no mercado internacional, medida em ASK, foi de 1.018 milhões, e a demanda (em RPK) foi de 745milhões. Neste período a Gol transportou cerca de 281 mil de passageiros nesse mercado. Volume de Decolagens e Total de Assentos. O volume total de decolagens da Companhia foi de 54.570, representando um acréscimo de 19,8% comparativamente ao mesmo período de 2022.

O total de assentos disponibilizados no mercado foi de 9,5 milhões, representando um acréscimo de 18,6% comparativamente ao mesmo período de 2022.

A liquidez total (caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, depósitos e contas a receber) atingiu R$ 4,1 bilhões em 30/06/2023, redução de 8,4% em relação a 31/03/2023. A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos de arrendamento anuais e excluindo o bônus perpétuo) sobre o Ebitda recorrente UDM foi de 6,7x em 30/06/2023 (5,0x em IFRS16 e 3,5x excluindo o SSN 2028), uma redução de 0,9x comparada a alavancagem em 31/03/2023.

PROJEÇÕES

A companhia também atualizou suas projeções financeiras para o ano de 2023, com aumento da expectativa da margem Ebitda de 24% para 25%. Já a receita líquida teve uma redução de R$ 19,5 bilhões para R$ 19,3 bilhões em 2023.

A estimativa de lucro por ação manteve o mesmo patamar de R$ 0,30 por ação, assim como a alavancagem financeira (Dívida Líquida/Ebitda), que ficou em 6 vezes.

A frota operacional manteve a mesma estimativa, entre 114 e 118 aeronaves, e a oferta de voos deve crescer entre 10% e 15% este ano, abaixo da estimativa anterior, que ficou entre 15% e 20%. A companhia reduziu a projeção para o número de decolagens, passando de 20% a 25%, para 15% a 20%. A taxa média de ocupação deve encerrar o ano em 81%.