São Paulo – A Gol divulgou hoje o balanço referente ao primeiro trimestre de 2022. A companhia teve lucro líquido de R$ 2,6 bilhões, revertendo assim o prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2021.
A receita líquida somou R$ 3,220 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 105,4% na comparação com igual etapa de 2021. A receita operacional líquida da companhia alcançou R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre, alta de 105,4% sobre o mesmo período de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi de R$ 542,2 milhões, contra resultado negativo de R$ 72,1 milhões no primeiro trimestre de 2021.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) recorrente atingiu 16,8%, contra margem negativa de 4,6% no primeiro trimestre de 2021. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) recorrente ficou em R$ 181,4 milhões, ou seja, uma margem operacional recorrente de 5,6%.
As atividades operacionais foram de aproximadamente R$ 700 milhões no primeiro trimestre de 2022. Segundo o relatório da Gol, esse valor é reflexo do aumento no volume de vendas futuras, do maior volume de recebíveis, utilização de saldos de depósitos e adiantamentos para eventos de transformação de frota.
A dívida líquida ajustada fechou em R$ 21,9 bilhões, crescimento de 61,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida ajustada/Ebitda, ficou em 10,3 vezes, redução de 1,1 vez em relação ao primeiro trimestre de 2021.
O Diretor Vice-Presidente Financeiro, Richard Lark, disse que “embora tenhamos observado um aumento na nossa alavancagem, decorrência da aceleração na transição da frota, estamos otimistas que a melhoria do Ebitda nos levará a uma relação dívida líquida/EBITDA de aproximadamente 8x ao final de 2022”.
Os custos com combustível de aviação somaram R$ 1,2 bilhão, alta de 113% em relação ao primeiro trimestre de 2021. No fim do primeiro trimestre de 2022, a frota total da Gol era de 142 aeronaves Boeing 737, sendo 111 NGs e 31 MAXs. A idade média da frota chega a 10,3 anos, contra 10,7 anos no último trimestre de 2021.
A taxa de ocupação média (load factor) aumentou 1,1 pp para 81,0%. A taxa de ocupação doméstica evoluiu 1,3 pp para 81,2%, enquanto a taxa de ocupação internacional totalizou 75,6%.
A utilização das aeronaves foi de 11 horas por dia, um ganho de 13,4% na produtividade. Já o número de passageiros transportados cresceu 49,5% para 6,7 milhões, que foi equivalente a 73,4% do registrado no primeiro trimestre de 2019.
O Custo por Assento-Quilômetro recorrente aumentou em 6,5% para R$ 30,06,. O CASK Combustível cresceu 47,4% para R$11,93, devido à majoração de 60% nos preços do querosene da aviação (QAV).
Por fim, o balanço da companhia aponta que as projeções financeiras refletem os aumentos esperados de aproximadamente 30% nos preços brasileiros de querosene de aviação, acumulados, desde o início do ano.
“Para 2022, a companhia manterá o foco na transformação da frota e prevê, que até o final do ano, 44 aeronaves 737-MAX estejam em operação, representando cerca de 30% da frota total. Como resultado desse processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no seu custo unitário (CASK)”, detalhou o relatório.