São Paulo, SP – O Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ações preferenciais do Bradesco, passando de R$ 14 para R$ 17,50, e mudou a recomendação de neutra para
compra, reflexo do resultado do segundo trimestre de 2024, acima do esperado. Às 12h20, as ações preferenciais do banco avançavam 4,40%, para R$ 15,62%. Já as ações ordinárias subiam 4,57%, para R$ 13,96.
O Bradesco fechou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões, alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano (1T24), o crescimento foi de 12%. O lucro líquido contábil foi de R$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, uma alta de 1,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, o patrimônio liquido avançou 0,5% em relação ao primeiro semestre de 2023, chegando a R$ 160,1 bilhões.
O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 10,8%, recuo de 0,1 ponto percentual na
comparação anual. Em relação ao primeiro trimestre, o ROE cresceu de 0,6 ponto percentual. Já a margem financeira com clientes caiu 8,4%, chegando a R$ 15,2 bilhões. Na comparação com o 1T24, a margem financeira com clientes avançou 5%.
“Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar um ROE pelo menos em linha com o seu custo de capital próprio (13%) nos próximos trimestres, uma vez que o empréstimo cresce, o NIM se expande e a qualidade dos ativos melhora. A elevação nos empréstimos pode beneficiar o segmento de PME, que ainda tem espaço para ganhar participação de mercado depois de mostrar uma significativa melhora trimestral. Isso pode levar a uma aceleração nas receitas e ganho de eficiência, embora ainda mais fraca do que seus concorrentes brasileiros”, explicou o Sachs, que ressaltou que, embora as ações tenham subido 17% no último mês, inferior aos concorrentes bancários, o Bradesco ainda negocia abaixo do valor contábil.
Por fim, o Sachs prevê uma forte recuperação no lucro já em 2024, chegando a 19%. Para o ano que vem, a expectativa é uma alta de 31%, e 16%, em 2026, após vários anos de quedas. Para o ROE, o banco de investimentos disse que o Bradesco deve crescer gradualmente, fechando 2024 em 11,9%, seguido por 14,8%, em 2025, e 15,7%, em 2026.