Buenos Aires – O Ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, enfatizou que o governo permanece aberto à negociação para alcançar acordo para a renegociação da dívida externa de US$ 66 bilhões, e disse que espera alcançar “um melhor entendimento com os credores”.
Guzmán revelou que há pontos de acordo com um grupo de credores envolvido no processo de reestruturação, embora tenha admitido que, com o grupo Ad Hoc “tem sido mais difícil” de alcançar um entendimento.
“É impossível cumprir os termos legais propostos pelo grupo Ad Hoc”, advertiu, acrescentando que a Argentina se comprometerá apenas com os termos contratuais que recebem o aval do G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da comunidade internacional.
O ministro anunciou que “a Argentina pretende iniciar negociações formais com o FMI para alcançar um programa” com a instituição, uma vez concluída a reestruturação da dívida privada, ao participar ontem de uma conferência virtual organizada pelo Conselho das Américas (COA).
No entanto, Guzmán esclareceu que alcançar um novo programa “levará tempo “e exigirá” a aceitação da sociedade como um todo”. “Queremos que tenha legitimidade e ajude a Argentina a se colocar de pé de novo”, disse ele.
Na sexta-feira passada, o governo argentino prorrogou pela quinta vez o prazo de negociações com credores, até 24 de julho. Na proposta mais recente, o governo reduziu em mais um ano o período de carência, reduziu a retirada de capital e os vencimentos se tornam mais curtos, além de oferecer um cupom vinculado às exportações agrícolas.
Tradução: Cristiana Euclydes