O governo chinês anunciou um aumento expressivo no uso de títulos públicos de longo prazo para financiar investimentos em 2025, visando estimular o consumo e modernizar equipamentos empresariais. Segundo Yuan Da, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), esses fundos serão usados em programas que incluem incentivos para troca de veículos e eletrodomésticos antigos por novos, além de subsídios para a compra de dispositivos digitais, como celulares, tablets e smartwatches. O objetivo é impulsionar a economia, que tem enfrentado desafios como a crise imobiliária, alto endividamento público e fraca demanda interna.
Em 2024, o governo já havia emitido 1 trilhão de iuanes (US$ 133,995 bilhões) em títulos especiais para financiar grandes projetos e iniciativas de estímulo ao consumo. Agora, para 2025, espera-se um recorde de 3 trilhões de iuanes (US$ 410,987 bilhões) em emissões. Esses recursos serão aplicados na construção de ferrovias e aeroportos, desenvolvimento de terras agrícolas e reforço de capacidades de segurança em setores estratégicos. Especialistas estimam que o déficit orçamentário combinado com as emissões de títulos pode alcançar 13 trilhões de iuanes (US$ 1,780 bilhão), equivalente a 9-10% do PIB, um nível sem precedentes.
Com a meta de crescimento econômico fixada em 5% para 2025, líderes chineses também planejam expandir o uso de títulos especiais para apoiar setores estratégicos. Projetos no valor de 100 bilhões de iuanes (US$ 13,699 bilhões) já foram aprovados antecipadamente para o próximo ano. Além disso, milhões de trabalhadores do setor público receberam aumentos salariais inesperados, numa tentativa de estimular o consumo interno.
O Banco Central da China também poderá cortar sua taxa básica de juros, atualmente em 1,5%, em 2025, como parte das medidas para reforçar o crescimento econômico. Com amplo espaço para políticas de estímulo e uma estratégia fiscal robusta, as autoridades chinesas demonstram confiança na recuperação econômica contínua do país nos próximos anos.
