São Paulo – O governo do autointitulado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, disse ter assumido o controle da embaixada do país no Brasil após funcionários reconhecerem sua administração como sendo oficial. No entanto, há relatos de que a embaixada teria sido invadida e os funcionários forçados a entregar o local a um grupo leal a Guaidó.
Em nota, María Teresa Belandria Expósito – embaixadora da Venezuela no Brasil nomeada por Guaidó e reconhecida pelo governo brasileiro – disse que “um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela no Brasil se comunicou conosco para informar que reconhecem o presidente Juan Guaidó.”
“Eles procederam a abrir as portas e a entregar voluntariamente a sede diplomática à representação legitimamente acreditada no Brasil. Esta ação foi comunicada imediatamente ao Ministério de Relações Exteriores. Ao ingressar à sede pudemos verificar que um grupo de funcionários estava morando na residência oficial, que é contígua à seção administrativa”, disse ela no comunicado.
“Foram notificados da ação empreendida por seus companheiros e imediatamente foram convidados a se incorporar ao trabalho na embaixada, tendo garantidos todos os seus direitos laborais. Finalmente, comunicamos nossa melhor disposição de mediar com as autoridades brasileiras caso decidam não abandonar o país.”
Outros relatos, porém, apontam uma história diferente. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que a embaixada foi invadida por partidários de Juan Guaidó que “estão todos uniformizados”.
Ele também disse que há um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Brasil tentando retirar o corpo diplomático da Venezuela da embaixada.
Os eventos ocorrem no mesmo dia em que começa a reunião de cúpula do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) em Brasília.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)