Governo lança a BIP, nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil

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Crédito: Diogo Zacarias/MF

São Paulo, 23 de outubro de 2024 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discursou na manhã desta quarta-feira, em Washington, na cerimônia de lançamento da nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), uma iniciativa para avançar as metas ambiciosas de desenvolvimento e clima do Brasil, dos ministérios da Fazenda; do Meio Ambiente e Mudança Climática; de Minas e Energia; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços juntamente com parceiros como Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o Fundo Verde para o Clima (GCF). O evento não teve transmissão.

A Plataforma busca expandir e otimizar, ampliando fontes de investimento na transição, em apoio ao Plano de Transformação Ecológica do governo em setores-chave, servindo de exemplo para outros países que buscam integrar suas transformações ecológicas e metas climáticas em pipelines de investimentos concretos.

Haddad iniciou sua fala dizendo que a transição ecológica exige uma coordenação enorme, a começar pela comunicação. “As pessoas têm que estar cientes de que é importante este assunto estar no alto das nossas prioridades. E ainda há, infelizmente, uma falta de percepção da gravidade do momento que nós estamos vivendo, a julgar pelos acalorados debates eleitorais que ocorrem em todo o mundo”, disse o ministro, em seu discurso.

Para o ministro, o tema divide pessoas e ele argumenta que não deveria ser uma questão partidária, mas de Estado e global, e que isso deve ser superado.

“É preciso buscar um caminho de convergência. Não temos, desde o pós-guerra, um foco em finanças sustentáveis. Temos que redesenhar as finanças globais em torno de finanças sustentáveis e promover com mais rapidez a transformação ecológica”, prosseguiu, em seu discurso.

Segundo Haddad, há muitas ideias na mesa, mas se não houver dedicação em relação à arquitetura e à engenharia dos projetos, para que ele saiam do papel, pois eles exigem cálculos complexos e muito trabalho.

“É um trabalho que já poderia estar feito, infelizmente ainda há muito o que se fazer. Temos pouco tempo para muito trabalho”, disse Haddad.

O ministro disse que â próxima etapa após a tomada de consciência e a definição dos projetos é saber quais são os projetos adequados para ter o menor impacto possível com o financiamento disponível.

“Felizmente, a ciência tem dado demonstrações, como na pandemia, de que ela oferece condições para uma transformação ecológica rápida. A ciência está correndo para apresentar soluções tecnológicas viáveis e que estão se barateando ao longo do tempo. Inclusive, os investimentos têm acontecido, mas é preciso estruturar os projetos, e isso não é uma tarefa simples”, reiterou, ressaltando que o desafio são as diferentes realidades de cada país.

Nesse sentido, Haddad disse que a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) visa ser mais um instrumento de facilitação desse encontro. “É um projeto com financiamento e com uma consciência global da urgência das nossas tarefas”, finalizou.

‘Estamos orientando recursos e projetos para não ultrapassar 1,5o C de elevação da temperatura da Terra’, diz ministra

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, considera que o governo brasileiro está dando um passo significativo ao promover um encontro entre os investimentos e os projetos com o lançamento da nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) uma iniciativa para avançar as metas ambiciosas de desenvolvimento e clima do Brasil.

“Nesse caso, estamos orientando os recursos e os projetos ao desafio de não deixar que ultrapassemos 1,5 graus Celsius de elevação da temperatura da Terra”, explicou a ministra.

A ministra reiterou a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o grande desafio é fazer com que as ações estejam voltadas para o alcance da redução de CO2 por que o mundo já vive sob os efeitos da mudança do clima, com a ocorrência de eventos climáticos extremos.

“No caso do meu ministério, nós temos a clareza que, no caso do Brasil, o maior vetor de redução de CO2 é o vetor do uso da terra, do desmatamento. Mas nós podemos fazer com que a gente chegue ao desmatamento zero, e quando chegarmos, o que nós poderemos fazer para continuar nos desenvolvendo, gerando emprego, renda e melhorando a vida das pessoas? Podemos fazer isso através de programas como Plano de restauração da vegetação nativa, que tem o objetivo de restaurar 12 milhões de hectares. E para que isso aconteça, são necessários investimentos.”

Segundo Silva, os investimentos não serão “a fundo perdido” e terão “retornos muito grandes”, podendo ser combinados a partir de crédito de carbono. “Estamos aprovando uma lei no Congresso Nacional para viabilizar os créditos de carbono, de uma forma que seja íntegra, totalmente auditável, e fazer com que essa oportunidade seja boa para todo mundo.”

“Nós estamos diante de um desafio de que, mais do que mitigar, devemos ter metas ambiciosas de redução de CO2 e isso não está apartado das ações na área de economia, por que economia e ecologia precisam caminhar juntos”, disse a ministra, em debate durante o evento de lançamento da plataforma BIP, de forma simultânea, em Brasília e Washington DC.

O Ministério da Fazenda do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços juntamente com parceiros como Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o Fundo Verde para o Clima (GCF) anunciaram o lançamento da nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) uma iniciativa para avançar as metas ambiciosas de desenvolvimento e clima do Brasil. O anúncio contou com a participação de representantes de alto nível de bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), o Grupo Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).

SOBRE O BIP

O Ministério da Fazenda do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços juntamente com parceiros como Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o Fundo Verde para o Clima (GCF) anunciaram o lançamento da nova Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) uma iniciativa para avançar as metas ambiciosas de desenvolvimento e clima do Brasil. O anúncio contou com a participação de representantes de alto nível de bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), o Grupo Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).

A BIP busca expandir e otimizar, ampliando fontes de investimento na transição, em apoio ao Plano de Transformação Ecológica do governo em setores-chave, servindo de exemplo para outros países que buscam integrar suas transformações ecológicas e metas climáticas em pipelines de investimentos concretos.

A plataforma é a realização de um ano e meio de iniciativas do Ministério da Fazenda que permitiram um novo horizonte para a agenda climática do Brasil, disse Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Brasil. É, portanto, a conclusão de um processo de estruturação de nossos marcos regulatórios e financeiros para investimentos verdes. Da mesma forma, é o início de outro processo, de uma nova onda de investimentos.

À medida que nos aproximamos da COP30, o Brasil tem a oportunidade de mostrar como o combate às mudanças climáticas e o fomento ao crescimento econômico podem andar de mãos dadas e a Bloomberg Philanthropies está ansiosa para apoiar esses esforços, disse Michael R. Bloomberg, Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para Ambição Climática e Soluções e Fundador da Bloomberg Philanthropies. As metas ambiciosas do Brasil e sua determinação em alcançá-las refletem a liderança de que precisamos para acelerar a transição para energias limpas e para interromper os efeitos mais letais e custosos das mudanças climáticas.

Mobilizar capital internacional de transição é essencial para que o Brasil alcance suas metas ambiciosas de desenvolvimento e clima. Em 2023, o Brasil atualizou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e suas ambições climáticas, com o objetivo de reduzir suas emissões em 53% até 2030, e potencial para se tornar a primeira nação do G20 a atingir o zero líquido enquanto cria empregos e espalha prosperidade. O país está finalizando suas metas de redução de emissões para 2035 atualmente. Essas metas incluem o foco de combater o desmatamento, práticas agrícolas sustentáveis, descarbonização industrial, soluções baseadas na natureza, fontes diversificadas de energia renovável, transporte sustentável e bioeconomia. Apesar dos esforços passados e em andamento, os planos climáticos brasileiros receberam apenas uma fração do financiamento necessário para atingir as metas climáticas do país.

O lançamento da Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica é uma demonstração clara do compromisso do governo do presidente Lula com o desenvolvimento sustentável”, disse Geraldo Alckmin, Vice-Presidente do Brasil e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A plataforma facilitará a divulgação das oportunidades de negócios no país, nos setores da chamada economia verde, atraindo ainda mais investimentos produtivos para o Brasil, que se traduzem na geração de emprego e renda.

O Brasil está dando um exemplo para o mundo mostrando como a ação sobre emissões pode impulsionar o crescimento, espalhar prosperidade e criar novos empregos bem remunerados, disse Mark Carney, Enviado Especial da ONU para Ação e Finanças Climáticas e Co-presidente da GFANZ. O Plano de Transformação Ecológica e o plano Nova Indústria Brasil criam prioridades claras para ação. Agora, a BIP reunirá os setores público e privado com instituições domésticas e internacionais para superar as barreiras de investimento e apoiar uma transição em toda a economia.

Liderada pelo governo brasileiro, a BIP baseia-se nos esforços anunciados anteriormente neste ano pela GFANZ e pelo BNDES para ajudar a ampliar os investimentos de transição dos setores público e privado, integrar caminhos e iniciativas existentes, mobilizar capital em grande escala e garantir o uso eficaz dos recursos para promover os Planos de Transformação Ecológica e Climática do governo brasileiro, incluindo os planos de transição climática em setores-chave.

A Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica é um dos resultados da Força-tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima, inovação trazida pela presidência brasileira do G20, disse Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática do Brasil. Será essencial para a implementação do Plano Clima, atraindo investimentos de outros países para acelerar e dar escala à descarbonização da economia brasileira.

A Plataforma será um divisor de águas na atração de investimentos para energia limpa no Brasil, disse Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia do Brasil. Está alinhada com as nossas políticas para a transição energética justa e inclusiva e com a pauta que impulsionamos no Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20. Estamos confiantes de que temos os parceiros certos para dar escala e visibilidade a esses investimentos, acelerando o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

A BIP está alinhada com os planos do Brasil, sendo flexível e adaptável às necessidades e prioridades do país, e estabelecerá um fórum global e intersetorial que promoverá a colaboração público-privada para mobilizar investimentos em projetos alinhados com as prioridades do governo. Para isso, a BIP interagirá ativamente com iniciativas existentes, incluindo:

Mapear e priorizar os pipelines de projetos alinhados com os planos do governo e identificar mecanismos para escalá-los, em parceria com iniciativas setoriais relevantes, como o Programa Acelerador de Transição Industrial (ITA) Brasil, o Hub de Descarbonização Industrial, o Hub de Hidrogênio e o Laboratório de Investimentos da Natureza do Brasil. Reunir uma comunidade global de investidores e financiadores do setor público e privado, instituições financeiras de desenvolvimento e fundos multilaterais de clima para expandir o pool de capital doméstico e internacional disponível para projetos prioritários. Desenvolver potenciais mecanismos de financiamento e explorar maneiras de viabilizar o uso estratégico e catalisador do capital público para mobilizar investimentos privados, incluindo parcerias com bancos multilaterais de desenvolvimento e instituições de desenvolvimento nacionais. Trazer perspectivas do setor privado sobre barreiras políticas para ajudar a destravar investimentos em setores prioritários onde é necessário mais apoio. Ajudar a avançar as prioridades de desenvolvimento e financiamento climático do Brasil em suas presidências do G20 e COP30. A BIP inicialmente focará em três setores:

Soluções baseadas na natureza e bioeconomia, incluindo a restauração e o manejo sustentável da vegetação nativa, a redução do desmatamento, a agricultura regenerativa e o manejo de resíduos Indústria e Mobilidade, catalisando os esforços de descarbonização em setores como aço, alumínio e cimento, mobilidade urbana elétrica e fertilizantes verdes Energia, apoiando esforços para viabilizar energia solar off-grid, redes inteligentes, indústrias de energia eólica offshore, combustíveis sustentáveis, bioinsumos agrícolas, hidrogênio de baixo carbono, eficiência energética e minerais críticos. Os projetos serão oriundos tanto do setor público quanto do privado, incluindo a possibilidade de apoiar os esforços de transição de cidades e estados brasileiros. Dentro desses setores, a Plataforma já identificou e incluiu projetos-piloto como meio de testar os critérios de seleção do pipeline da BIP, o modelo operacional e os fóruns de tomada de decisão. Esses projetos totalizam US$ 10,8 bilhões em capital a ser mobilizado, uma vez tomada a decisão final de investimento e incluem:

Acelen Renewables, que está desenvolvendo uma proposta de combustíveis renováveis de US$ 3 bilhões, visando produzir 1 bilhão de litros por ano de diesel verde e combustível sustentável para aviação a partir de macaúba, uma planta brasileira o projeto Corredores para a Vida, liderado pela Ambipar Environment e pelo IPE, que busca US$ 95 milhões para restaurar um dos maiores corredores ecológicos do Brasil na Mata Atlântica, com o objetivo de reconectar áreas fragmentadas em até 6.000 hectares de terras degradadas até 2040 e o projeto de US$1,15 bilhão da Atlas Agro será a primeira planta de fertilizantes verdes em escala industrial no Brasil a Biomas investirá US$ 150 milhões na restauração de 14.000 hectares de vegetação na Amazônia e na Mata Atlântica Fortescue, que está criando uma planta de hidrogênio verde de US$ 3,5 bilhões Projeto Caldeira da Meteoric Resources visa arrecadar US$ 425 milhões para financiar o desenvolvimento de métodos de extração de baixa emissão para elementos de terras raras Vale, que possui um projeto para induzir o investimento de parceiros de aproximadamente US$2,5 bilhões na construção de polos industriais no Brasil para a produção de hidrogênio verde e ferro briquetado a quente (HBI) visando a descarbonização da indústria siderúrgica.

A BIP trabalhará com fundos e programas públicos existentes, como o Restaura Amazônia, bem como com iniciativas parceiras, incluindo o Laboratório de Investimentos da Natureza do Brasil uma iniciativa liderada pelo setor privado que desenvolve recomendações regulatórias e políticas, modelos de negócios e uma abordagem consistente para projetos de soluções baseadas na natureza no Brasil e o programa Acelerador de Transição Industrial (ITA) Brasil uma iniciativa projetada para ajudar a avançar um portfólio de projetos da economia real para superar os desafios da descarbonização em setores-chave com altas emissões.

A BIP também buscará parcerias com bancos multilaterais de desenvolvimento (BMDs) e fundos ambientais e climáticos para financiar tecnologias emergentes e desenvolver estruturas de financiamento inovadoras.

O AIIB está animado por fazer parte desta iniciativa transformadora de financiamento climático, um passo significativo em direção à promoção da colaboração e à condução do desenvolvimento sustentável, disse Jin Liqun, Presidente do AIIB e Presidente do Conselho de Administração. Esta plataforma histórica reúne parceiros e financiadores chave que desenvolverão um robusto pipeline de projetos que se alinha com as Contribuições Nacionalmente Determinadas do Brasil, as metas climáticas e o Plano de Transformação Ecológica. Estou confiante de que esta será uma solução abrangente para enfrentar os desafios climáticos e ecológicos do Brasil. Seu foco em infraestrutura sustentável, resiliência climática e financiamento verde ressoa profundamente com a missão do AIIB de Financiar Infraestrutura para o Amanhã.

Ilan Goldfajn, Presidente do BID, enfatizou a complementaridade entre os esforços domésticos e internacionais: A Plataforma de Investimentos do Brasil (BIP) é uma importante plataforma de financiamento liderada pelo país para mobilizar recursos voltados para atender às prioridades ecológicas e econômicas do Brasil. Os BDs estão cada vez mais trabalhando como um sistema para apoiar seu co-financiamento e mobilização de outros recursos e esforços conjuntos. Esta Iniciativa demonstra a aliança entre os esforços liderados pelo país e a agenda de reforma conjunta dos bancos de desenvolvimento multilateral.

A Plataforma de Investimento em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) é uma iniciativa importante e fundamental, disse Dilma Rousseff, Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento. É uma oportunidade para o Brasil alavancar projetos de desenvolvimento sustentável que terão um impacto significativo nas próximas décadas. Os investimentos verdes serão um passo decisivo para construir um futuro inclusivo e enfrentar as mudanças climáticas. O NDB está pronto para ser um parceiro de primeira linha para o Brasil no desenvolvimento do BIP como uma referência internacional em mobilização de capital.

O BNDES será o anfitrião da Secretaria do BIP, que será apoiada pelo Programa de Preparação do Fundo Verde para o Clima (GCF) para o Brasil e pelas Bloomberg Philanthropies.

O histórico de 72 anos do BNDES e seu profundo conhecimento local em fomentar o desenvolvimento social e econômico e a infraestrutura do país serão uma alavanca fundamental para o trabalho da Plataforma, disse Aloizio Mercadante Oliva, Presidente do BNDES. Acreditamos que podemos replicar o sucesso e a liderança do Brasil em investimentos em energia renovável para todos os setores selecionados, posicionando o país na vanguarda dos investimentos em transição climática.

As plataformas nacionais atuam como multiplicadores de força para a ação climática, reunindo grandes financiadores de desenvolvimento sob uma única estratégia de desenvolvimento liderada pelo país, disse Mafalda Duarte, Diretora Executiva do Fundo Verde para o Clima. A Plataforma de Investimento em Transformação Climática e Ecológica do Brasil tem um potencial significativo para impulsionar a economia climática do país e fortalecer sua capacidade de acessar financiamento climático. O Fundo Verde para o Clima tem orgulho de apoiar este esforço e permanece comprometido em apoiar mais iniciativas como esta por meio de nosso Programa de Preparação, a maior iniciativa de capacitação climática do mundo.

O lançamento da Plataforma de Investimento em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) marca um passo significativo para apoiar a capacidade do Brasil de proteger seus diversos ecossistemas enquanto fortalece sua economia, disse Mary Schapiro, Vice-Presidente do GFANZ. Por meio de financiamento inovador e parcerias globais, a Plataforma acelerará a transição do Brasil para uma economia de baixo carbono, promoverá a colaboração entre os setores público e privado e desbloqueará investimentos que impulsionarão o crescimento econômico, protegerão o meio ambiente e ajudarão a liderar o caminho para outras nações que trabalham em direção a um futuro de emissões líquidas zero.

Fomos criados com o propósito de participar ativamente e acelerar a transição energética global, com um forte foco na integração do agronegócio, disse Luiz de Mendonça, CEO da Acelen Renewables. Construímos um ecossistema robusto e integrado composto por uma equipe altamente qualificada e parceiros experientes. Com isso, forneceremos ao mundo uma solução viável e inovadora para combustíveis renováveis, sustentável de ponta a ponta.

A restauração ecológica é um dos pilares de um novo modelo de desenvolvimento sustentável no Brasil, disse Plínio Ribeiro, Head de Soluções de Carbono da Ambipar Environment. O projeto ARR Corredores para a Vida, em parceria com o IPE, exemplifica essa transformação ao promover a recuperação de 75.000 hectares na Mata Atlântica, no estado de São Paulo. Este é apenas o começo de uma indústria com enorme potencial para gerar renda, empregos e conservar a biodiversidade.

A missão da Atlas Agro é descarbonizar a produção de fertilizantes nitrogenados, um dos setores industriais mais difíceis de descarbonizar do mundo, disse Knut Karlsen, Co-Fundador e Presidente da América do Sul da Atlas Agro. Os fertilizantes nitrogenados são vitais para a produtividade agrícola e para alimentar uma população crescente. Estamos empolgados e honrados por fazer parte do BIP enquanto construímos uma produção de nitrogênio sustentável em grande escala no Brasil, atendendo aos agricultores locais.

A plataforma BIP dará visibilidade aos nossos projetos de restauração ecológica para potenciais parceiros de investimento relevantes, disse Fabio Sakamoto, CEO da Biomas. Acreditamos fortemente no poder transformador social, climático e de biodiversidade dessas iniciativas em diversos biomas brasileiros. Nosso país tem o potencial para ser líder nesse espaço, e a iniciativa do BNDES e GFANZ certamente será capaz de estabelecer a conexão entre projetos e capital.

A Plataforma de Investimento em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP) é crucial para avançar a indústria brasileira de hidrogênio verde, apoiando pioneiros como a Fortescue e seu projeto no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. O Brasil é um ator chave na transição verde global, com potencial para liderar a indústria de GH2, disse Agustin Pichot, Diretor de Crescimento da Fortescue, responsável por todos os projetos e operações da empresa no mundo, exceto minério de ferro.

O BIP é uma iniciativa tremenda para o Brasil, e todos os envolvidos estão de parabéns por tomarem medidas para unir governo, indústria e setores financeiros no combate conjunto às mudanças climáticas, disse Marcelo, Diretor Executivo da Meteoric Resources NL. A Meteoric tem orgulho de fazer parte dessa iniciativa, enquanto buscamos desenvolver uma das maiores e mais sustentáveis instalações de terras-raras do mundo, o Projeto Caldeira, em Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais. O Projeto Calderia, uma vez desenvolvido, será uma operação multigeracional, com capacidade para fornecer óxidos de terras-raras sustentáveis e de baixo custo, críticos para acelerar a descarbonização, o desenvolvimento sustentável e iniciativas estratégicas. Temos orgulho de fazer parte desta iniciativa.

Estamos posicionados de forma única para acelerar a transição energética, ao mesmo tempo que promovemos a nova industrialização do Brasil”, disse Ludmila Nascimento, Diretora de Energia e Descarbonização da Vale. Ao fornecer minério de ferro de alta qualidade e desenvolver novos produtos, bem como modelos de negócios inovadores como os Mega Hubs, estamos capacitando nossos parceiros a tornar o hidrogênio verde uma solução viável. Isso garante uma demanda estável por hidrogênio verde, essencial para a produção de aço de baixo carbono.

Com informações do Ministério da Fazenda.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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