Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou uma profunda depressão econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, defendendo a continuidade de atividades mínimas da economia.
“A nossa volta pode ser em ‘V’ em vez de uma profunda depressão. Não podemos deixar virar uma grande depressão, temos que ter todos os cuidados para salvar as vidas, mas devemos preservar os sinais vitais da economia”, disse Guedes durante live do BTG Pactual.
“Vamos seguir pagando conta de luz, senão vamos para o apagão daqui a três, quatro ou cinco meses, que é o capital de giro justamente das distribuidoras de energia. Vamos seguir pagando o serviço de telecomunicações, continuar a super safra”, acrescentou.
O ministro mencionou ainda que a profundidade e duração tanto da crise gerada pela pandemia de covid-19 quanto a crise econômica ainda não é mensurada pela equipe econômica.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Guedes também falou sobre a ampliação do auxílio emergencial a outras categorias dos trabalhadores informais, incluindo os taxistas, que deve custar entre R$ 110 bilhões a R$ 114 bilhões para a União.
Sobre o auxílio aos estados, Guedes afirmou que conversou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e observou sinalização positiva dos senadores em relação às contrapartidas que serão apontadas pelo governo aos estados e municípios.
O principal ponto defendido pelo ministro é de que haja compromisso de prefeitos e governadores em não aumentar o salário de servidores públicos durante, pelo menos, dois anos.
“Se estados e municípios se comprometerem a não reajustar é uma boa sinalização. Tenho certeza de que o processo democrático funcionará como sempre. Não estamos brigando com ninguém. Presidente é um democrata, se tiver passeata com alguém com bandeira do Brasil, ele sai correndo, ele é um democrata”, afirmou.