Guide indica 36 ações pagadoras de dividendos e destaca Petrobras, CSN e Taesa

663

São Paulo – A equipe de Research da Guide Investimentos indica as principais ações pagadoras de dividendos nos últimos 36 meses, em relatório que aponta uma metodologia alternativa ao Indice de Dividendos da B3 (IDIV). A corretora afirma que a carteira teórica usando essa metodologia apresentou maior valorização e dividendos acima do IDIV num período de 10 anos.

Ao invés de selecionar as empresas que mais distribuíram resultados nos últimos três anos, a Guide optou por separar as companhias com dividendos elevados e regulares no período. Dessa maneira, foram excluídos papeis com pagamentos fora do padrão em relação ao próprio histórico e na comparação com o restante do mercado, explica a corretora.

O portfolio conta com 36 ativos, bem menos que o IDIV, que atualmente conta com 47 ativos, sendo que 20% deles eram empresas de utilidades públicas, 20% de materiais básicos, 16% em consumo discricionário, 12% financeiro, 8% imobiliário, 6% óleo e gás, 5% indústrias, 5% bens de consumo, 4% tecnologia, 3% comunicação e 2% saúde.

Fazem parte do portfólio, por exemplo, a CSN (CSNA3), que é citada como “empresas de material básico, que são consideradas mais cíclicas, dada a forte capacidade de geração de caixa, e alta lucratividade historicamente falando”, diz o relatório.

No setor de Energia (Óleo & Gás), o destaque é para Petrobras (PETR4), que atualmente se tornou uma grande pagadora de dividendos. “Seu comportamento é altamente cíclico e sensível ao ambiente macroeconômico. O nível de atividade econômica exerce um impacto significativo na demanda por petróleo e gás. PIB, renda disponível, emprego, novas moradias e índice de produção industrial são alguns dos drivers macroeconômicos. Além disso, a Petrobras, por volta de 2015, foi incapaz de pagar dividendos e encontrava-se com um endividamento extremamente elevado.”

Em Utilidades Públicas, a Guide afirma que a Taesa (TAEE11) marcou presença em várias composições do portfólio, visto o constante pagamento de proventos da empresa, que considera destaque “em um setor conhecido pelas receitas estáveis, previsíveis e histórico massivo de repasse de dividendos”. “Acreditamos que com uma correção no preço das suas ações e empresa pode oferecer uma oportunidade para a entrada no setor”, escreveram os analistas Fernando Siqueira, Rodrigo Crespi e Gabriel Gracia.