Haddad anuncia novos nomes do BC e reafirma compromisso com meta fiscal de 2024

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São Paulo – O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira a indicação de dois novos diretores para o Banco Central. Paulo Picchetti, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais, enquanto Rodrigo Alves Teixeira, um servidor de carreira, assume a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

“Fico extremamente gratificado de ter sido o mediador desse convite e com a certeza absoluta que são pessoas com uma grande contribuição a dar ao Banco Central”, disse Haddad durante coletiva de imprensa.

Após a indicação, os nomes devem ser chancelados tanto pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado quanto pelo Plenário da Casa Alta.

O anúncio das mudanças na diretoria do Banco Central ocorre em um contexto de debates acalorados sobre as metas fiscais do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na última sexta-feira que não pretende interromper obras ou bloquear grandes investimentos para atingir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024.

Haddad, por sua vez, negou qualquer descompromisso do presidente Lula com as metas fiscais. “Não há por parte do presidente [Lula] nenhum descompromisso [com a meta fiscal], pelo contrário, se não estivesse preocupado com a situação fiscal, não estaria pedindo apoio da equipe econômica para orientação do Congresso”, declarou.

O Ministro da Fazenda também enfatizou que o governo não está sabotando a meta de zerar o déficit em 2024, mas sim enfrentando dificuldades devido a problemas de arrecadação herdados de governos anteriores.

Quando questionado sobre o comprometimento do governo com a meta fiscal de déficit zero, Haddad evitou responder diretamente. “A minha meta está estabelecida; vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas que for melhor para o país”, afirmou o ministro.

Além disso, Haddad destacou a importância de questões fiscais em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e mencionou temas centrais que o presidente Lula deseja abordar nas reuniões com líderes do Congresso, incluindo a discussão sobre o Pis/Cofins e sobre a Lei Complementar 160 relacionada às subvenções.

Ele também mencionou a possibilidade de antecipar para 2023 as medidas programadas para 2024. “Meu papel é buscar o equilíbrio fiscal; não é por pressão do mercado, mas porque eu acredito para fazer a correção do sistema tributário; buscar a justiça social”, concluiu Haddad.