São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rápida interação com jornalistas na tarde de hoje, disse que o próximo Plano Safra “certamente será maior do que o do ano passado”, mas que o tamanho dele, “quão maior” depende dos cálculos do Tesouro Nacional que vão ser entregues hoje à noite para a equipe técnica da Secretaria de Política Econômica federal.
“O valor do Plano Safra que vai ser destinado só quando fechar essa semana. Vou ‘bater’ com o presidente na segunda e, a não ser, terça ou quarta”, disse o ministro em relação à data de anúncio.
Em relação a uma estimativa de quanto vai faltar para garantir o atendimento da meta sem os R$ 20 bilhões que a Petrobras pagará com o objetivo de encerrar litígios da estatal com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), aprovado ontem, pelo conselho de administração da companhia, Haddad disse que não deve ter impacto.
“Se depender da gente, nada, né? Porque nós discutimos os dividendos extraordinários, aí, a transação não estava ameaçada por que a vantajosidade para a Petrobras estava completamente demonstrada. Tanto é que três membros do do conselho de administração que representam os acionistas minoritários votaram a favor da proposta”, comentou. “Essas coisas são assim, você vai construindo.”
Haddad disse que, “à medida que o a lei do Carf passou e permitiu transações de contribuintes com capacidade de pagamento, mas que estejam discutindo teses controversas, são instrumentos novos que dão condição à Fazenda de buscar os resultados ao longo do exercício sem a necessidade de aumentar ou criar novos impostos”.
Em relação ao projeto de lei que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende apresentar sobre a renegociação das dívidas dos estados, o ministro disse que irá se reunir com ele nesta semana “para discutir, dentre outras, coisas nesse tema”.