São Paulo – A Hapvida confirmou, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que aderiu ao kit covid com a prescrição do medicamento hidroxicloroquina aos pacientes após denúncias publicadas pelo jornal “O Globo”. No entanto, a empresa disse que o remédio nunca correspondeu à maioria das prescrições e que hoje não é mais sugerido.
“No passado, havia um entendimento de que a hidroxicloroquina poderia trazer benefícios aos pacientes. No melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos beneficiários, houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições”, disse a empresa.
Segundo a Hapvida, nas ocasiões em que o médico acreditava que a hidroxicloroquina poderia ter eficácia, sua definição ocorria sempre durante consulta, de comum acordo entre médico e paciente, que assinava termo de consentimento específico em cada caso.
“Ainda assim, há meses não se observa mais a prescrição dessa medicação nas nossas unidade”, disse a empresa”, completou.
A empresa também explica que a adoção do medicamento foi reduzida de forma constante e acentuada e que hoje o uso não é recomendado por não haver comprovação científica de sua efetividade no tratamento de covid-19.
Mas, a Hapvida afirma que segue respeitando a autonomia e soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente.
“A Hapvida defende e promove a vacinação, o uso de máscaras e as práticas de distanciamento social”, finalizou a empresa.
Nos últimos dias, o jornal “O Globo” publicou reportagem com denúncias de médicos e funcionários da Hapvida relatando pressão para o uso do chamado “kit covid” para o tratamento de pessoas internadas com a doença e também a recusa de fazer testes.
Bruno Soares / Agência CMA
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