Houve consenso entre os diretores que corte de 0,5 ponto era o ritmo apropriado

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São Paulo – Em evento da Warren Rena, realizado hoje em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campo Neto, disse que houve, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), consenso entre os diretores do BC de que o ritmo de corte apropriado era de 0,5 ponto percentual (pp).

Neto enfatizou que existia, entre alguns diretores, certo ceticismo sobre o fiscal, mas
reconheceu que o Governo está fazendo esforço para equilibrar as contas, embora o crescimento dos gastos, em termos reais, ainda seja elevado. A barra fiscal ficou mais alta, referindo-se não apenas ao Brasil, mas também a outras economias.

Sobre os juros, o mandatário admitiu que eles realmente são altos, mas que no passado já foram maiores, além de ter classificado a recuperação no Brasil como dramática, o que também é um fato que inibe o crescimento mais acelerado do país. Ainda assim, Neto observou que o Brasil foi o país que o Fundo Monetário Internacional (FMI) mais revisou o crescimento para cima.

Abordando o cenário global, o presidente do BC disse que de modo geral, a inflação está
melhor na América Latina, além de observar que alguns analistas preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês suba abaixo dos 4% em 2023, além de temer exista uma desaceleração coordenada, envolvendo, além do país asiático, Estados Unidos e Europa.