Por Gustavo Nicoletta
São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro confirmou que viajará aos Estados Unidos na segunda-feira para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que fará um discurso “conciliatório” durante o evento.
“Na segunda-feira decolamos para os Estados Unidos para a reunião da ONU. Eu tenho que estar preparado para sustentar um discurso de 20 minutos. Já comecei a rascunhar o discurso, que será diferente dos que me antecederam. É conciliatório, sim, mas vai reafirmar a questão da nossa soberania, o potencial que o Brasil tem e o que o Brasil representa para o mundo”, disse ele em entrevista concedida ontem à rede de televisão “Record”.
Havia dúvidas sobre a presença de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU porque o presidente ainda está se recuperando de uma cirurgia para corrigir uma hérnia abdominal. Ele havia dito anteriormente que participaria do evento “mesmo que fosse em uma cadeira de rodas”.
O Brasil tradicionalmente é o país que discursa primeiro na Assembleia-Geral. Há versões diferentes sobre o que nos garantiu este lugar, mas a versão mais comum é a de que o Brasil sempre estava disposto a assumir a responsabilidade pelos discursos de abertura, o que foi particularmente
importante durante os primeiros anos da Guerra Fria, quando a ordem de quem falaria era motivo de disputa entre Estados Unidos e União Soviética.
A Assembleia-Geral da ONU começa nesta terça-feira, mas os discursos dos
chefes-de-Estado começam só daqui a uma semana, no dia 24.