São Paulo – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 3,24% em abril, acelerando-se fortemente em relação à alta de 1,58% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 12,70% no ano e de 35,91% em 12 meses, até este mês.
Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou força e subiu 4,20% em maio, de +1,79% em abril. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou o ritmo de alta e subiu 0,35% neste mês, de +0,87% no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,24% para +1,02%, no mesmo período.
Nos estágios do IPA, os bens finais desaceleraram o ritmo de alta e subiram 1,16% em maio, de +1,71% em abril, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo combustíveis para consumo, cuja taxa passou de +6,75% para -0,63%. Os bens intermediários também desaceleraram, passando de 4,43% no mês passado para +2,79% neste mês. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa passou de +10,81% para -0,79%. Já as matérias-primas brutas saíram de um recuo de 0,30% para uma alta de 7,66% no período.
“Aumentos recentes nos preços de importantes commodities, as quais também são insumos para vários segmentos industriais, sustentam a forte aceleração do grupo matérias-primas brutas do IPA, estágio de processamento que responde por 38% do índice ao produtor e cuja variação saltou de -0,30% para 7,66%”, explicou André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.
Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários aceleraram a alta para +4,92% neste mês, de +1,30% no mês passado, enquanto os produtos industriais avançaram 3,91%, de +1,99%, na mesma base de comparação.
Já no âmbito do IPC, quatro das oito classes de despesa registraram decréscimo nas taxas de variação de preços em base mensal, com destaque para o grupo Transportes (de +3,19% para -0,22%), no qual o item gasolina passou de +9,02% para -1,03%.
Entre os componentes do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos perdeu força, passando de +2,76% em abril para +2,20% em maio, enquanto o índice de serviços acelerou de +0,55% para +0,94% e o índice do custo da mão de obra oscilou a +0,04%, de +0,11% antes.
