São Paulo – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou leve aceleração em abril, subindo 2,22% depois de avançar 2,17% em março, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +1,63%. Com isso, o indicador acumula altas de 10,38% no que vai de 2021 e de 33,46% em 12 meses, resultado que também ficou acima da previsão, de +32,79%, ainda segundo o Termômetro CMA.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou a alta de 2,59% em março e subiu 2,90% em abril; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) perdeu força e avançou 0,23%, de +1,00% no mês anterior, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,30% para +0,90% no mesmo período.
Abertura dos dados – No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais desacelerou a alta de 2,30% em março e subiu 0,99% em abril, sendo que a maior influência veio do subgrupo combustíveis para a produção, cuja taxa passou de +13,22% para -1,23%. O subíndice de bens intermediários perdeu parte da força e passou de 4,04% no mês anterior para +3,57% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas acelerou a alta de 1,61% para 3,78% no período.
Nos itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários também aceleraram a alta de 1,73% em março e avançaram 2,82% em abril, enquanto os produtos industriais mantiveram o ritmo e subiram 2,94%, na mesma comparação.
No IPC, três das oito classes de despesa apresentaram decréscimo nas taxas de variação de preços na passagem de março para abril, sendo eles Transporte (+3,89% para -0,13%), Habitação (+0,75% para 0,21%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,37% para -0,75%). Nessas classes de despesa, merecem atenção o comportamento dos itens gasolina (+11,05% para -0,62%), tarifa de eletricidade residencial (+1,02% para -0,45%) e passagens aérea (-2,73% para -6,51%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais e equipamentos desacelerou o ritmo de alta e subiu 1,99% em abril, de +2,84% em março, enquanto o custo da mão de obra passou de +0,16% no mês anterior para +0,00% no mês passado e a classe serviços acelerou de +0,74% para +0,88%.
