IGP-DI de abril cai 1,01%; Mercado esperava recuo de 1,08%

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São Paulo – O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) 1 caiu 1,01% em abril. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,34%. Com este resultado, o índice acumula variação de -1,26% no ano e de -2,57% em 12 meses. Em abril de 2022, o índice havia subido 0,41% e acumulava elevação de 13,53% em 12 meses.

O Termômetro CMA estimava recuo de 1,08% em abril, após queda de 0,34% em março. Na comparação com o mesmo mês de 2022, a queda era estimada em 2,61%.

“A redução nos preços registrada por grandes commodities, como: soja (de -5,66% para -9,89%), minério de ferro (de 3,45% para -7,94%) e milho (de -1,59% para -8,06%) contribuiu para o aprofundamento da deflação registrada pelo IPA, cuja taxa passou de -0,71% para -1,56%. No âmbito do consumidor, a taxa desacelerou de 0,74% para 0,50% em função do comportamento da gasolina, cuja variação passou de 8,66% para -0,38%. Na construção civil, os preços avançaram 0,14%, ante 0,30% no mês anterior, dado o comportamento da mão de obra que não variou em abril’, afirma André Braz, Coordenador dos Indices de Preços.

O Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,56% em abril. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,71%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,18% em março para 0,77% em abril. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,81% para 0,40%.

O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,54% em abril, contra alta de 0,21% em março. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,78% em março para -0,89% em abril. O principal responsável por esta queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,74% para -2,85%.

O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,52% em abril, ante queda de 1,00% no mês anterior. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 4,45% em abril, após cair 0,37% em março. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (3,45% para -7,94%), soja em grão (-5,66% para -9,89%) e milho em grão (-1,59% para -8,06%). Em sentido oposto, vale citar, bovinos (-1,35% para 1,84%), arroz em casca (-1,44% para 2,13%) e cana-de-açúcar (-0,02% para 0,51%).

O Indice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,50% em abril, após subir 0,74% em março. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (2,82% para 0,19%) e Habitação (0,94% para 0,48%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (8,66% para -0,38%) e tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 0,30%).

Para o cálculo do IGP-DI foram comparados os preços coletados no período de 01 a 30 de abril de 2023 (período de referência) com os preços coletados do período de 01 a 31 de março de 2023 (período base).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,90% para -0,62%), Alimentação (0,15% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,96% para 1,51%), Vestuário (0,11% para 0,52%), Comunicação (0,30% para 0,60%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,20%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-9,75% para -3,67%), hortaliças e legumes (-1,83% para 3,41%), medicamentos em geral (0,33% para 3,23%), calçados (-0,12% para 1,13%), tarifa de telefone móvel (0,81% para 1,60%) e tarifa postal (0,18% para 3,34%).

Núcleo do IPC e Indice de Difusão O núcleo do IPC registrou taxa de 0,35% em abril, ante 0,27% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 27 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 12 apresentaram taxas abaixo de -0,08%, linha de corte inferior, e 15 registraram variações acima de 0,86%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 69,68%, 7,74 pontos percentuais acima do registrado em março, quando o índice foi de 61,94%.

O Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em abril, ante 0,30% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,28%), Serviços (1,04% para 0,30%) e Mão de Obra (0,49% para 0,00%).