São Paulo, 7 de dezembro de 2020 – O Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta e subiu 2,64% em novembro, após avançar 3,68% em outubro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +2,86%. Com isso, o indicador acumula altas de 22,16% no ano e de 24,28% em 12 meses, até o mês passado, resultado que também abaixo da previsão, de +24,36%, ainda segundo o Termômetro CMA.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou a alta de 4,86% em outubro e subiu 3,31% em novembro. Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) ganhou força e subiu 0,94%, de +0,65% no mês anterior, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) perdeu força e passou de +1,73% para +1,28, no mesmo período.
No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais desacelerou a alta de 2,95% em outubro e subiu 2,61% em novembro, sendo que a maior influência veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 3,39% para -2,43%. O subíndice de bens intermediários perdeu força e passou de 4,43% no mês anterior para +3,38% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas desacelerou de +6,78% para +3,80%, no mesmo período.
Nos itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários desaceleram a alta e passaram de +9,51% em outubro para +6,39% em novembro, assim como os produtos industriais, que passaram de +2,99% para +1,99%, na mesma comparação.
No IPC, sete das oito classes de despesa apresentaram acréscimo na taxas de variação de preços, na passagem de outubro para novembro, com exceção de Vestuário (+0,21% para +0,04%). Nas demais classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens: passagem aérea (+16,35% para +24,19%); gasolina (de +0,48% para +1,99%); hortaliças e legumes (+3,84% para +11,58%) e medicamentos em geral (+0,19% para +0,37%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços desacelerou o ritmo de alta e subiu 2,44% em novembro, de +3,39% em outubro, enquanto o custo da mão de obra passou de +0,26% no mês anterior para +0,22% no mês passado.