São Paulo, 8 de janeiro de 2021 – O Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou fortemente a alta e subiu 0,76% em dezembro, após avançar 2,64% em novembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +0,86%. Com isso, o indicador encerrou 2020 acumulando alta de 23,08% no ano (e em 12 meses), resultado que também ficou abaixo da previsão, de +23,28%, ainda segundo o Termômetro CMA.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também desacelerou fortemente a alta de 3,31% em novembro e subiu 0,68% em dezembro. Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) ganhou força e subiu 1,07%, de +0,94% no mês anterior, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) perdeu força e passou de +1,28% para +0,70%, no mesmo período.
No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais desacelerou a alta de 2,61% em novembro e subiu 1,62% em dezembro, sendo que a maior influência veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 4,14% para 1,23%. O subíndice de bens intermediários perdeu força e passou de 3,38% no mês anterior para +1,60% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas apagou a alta de +3,80% e caiu +0,81%, no período.
Nos itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários também anularam totalmente a alta de +6,39% em novembro e recuaram 4,46% em dezembro, enquanto os produtos industriais ganharam força e passaram de +1,99% para +2,97%, na mesma comparação.
No IPC, quatro das oito classes de despesa apresentaram acréscimo nas taxas de variação de preços, na passagem de novembro para dezembro, com destaque para Habitação (+0,33% para +2,87%) e Vestuário (+0,04% para +0,38%). Nessas classes de despesa, merece atenção o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (+0,16% para +11,93%) e roupas (de +0,01% para +0,35%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços desacelerou o ritmo de alta e subiu 1,34% em dezembro, de +2,44% em novembro, enquanto o custo da mão de obra passou de +0,22% no mês anterior para +0,10% no mês passado.