São Paulo, 7 de fevereiro de 2025 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,11% em janeiro. No mês de dezembro, a taxa havia sido de 0,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 7,27% em 12 meses. Em janeiro de 2024, o IGP-DI havia caído 0,27% e acumulava queda de 3,61% em 12 meses.
“A queda nos preços de commodities essenciais, como soja, minério de ferro e milho, contribuiu para a desaceleração da inflação ao produtor. No varejo, a inflação se manteve estável, refletindo a queda nos preços da energia e os aumentos nos grupos de alimentação e transportes. Já o INCC acelerou devido aos reajustes captados para a mão de obra”, destacou André Braz, economista do FGV IBRE.
Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,03%, porém registrando um recuo expressivo, quando comparada a taxa de 1,08% observada em dezembro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais variou 0,04% em janeiro, registrando taxa inferior em relação ao mês anterior, quando subiu 0,79%. Seguindo o mesmo comportamento, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, desacelerou de 0,85% em dezembro para 0,23% em janeiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários avançou para 1,22% em janeiro, superior à do mês anterior, quando registrou variou 0,92%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 1,33% em janeiro, patamar superior a alta de 0,70% em dezembro. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,74% em janeiro, após registrar alta de 1,52% em dezembro.
IPC arrefece para 0,02% em janeiro
Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,02%, apresentando desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,31%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, três apresentaram recuo nas suas taxas de variação: Habitação (-0,46% para -2,43%), Despesas Diversas (0,53% para 0,26%) e Vestuário (0,33% para 0,22%). Em contrapartida, os grupos Transportes (0,33% para 0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,34% para 0,66%), Alimentação (1,14% para 1,22%), Comunicação (-0,01% para 0,01%) e Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,18%) exibiram aumento em suas taxas de variação.
Em janeiro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,83%, valor superior à taxa de 0,50% observada em dezembro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de dezembro para janeiro: o grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,58% para 0,49%; o grupo Serviços inverteu seu comportamento, passando de -0,09% para 0,76%; e o grupo Mão de Obra intensificou a alta de 0,49% para 1,27%.
O Núcleo do IPC registrou taxa de 0,48% em janeiro, 0,15 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,33%. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 21 apresentaram taxas abaixo de 0,14%, linha de corte inferior, e 17 registraram variações acima de 0,89%, linha de corte superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 74,84%, 10,65 pontos percentuais acima do registrado em dezembro, quando o índice foi de 64,19%
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