IGP-DI registra alta de 0,50% em junho; mercado apostava em elevação de 0,63%

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São Paulo, 8 de julho de 2024 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)  subiu 0,50% em junho No mês de maio, a taxa havia sido de 0,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 1,11% no ano e de 2,88% em 12 meses. Em junho de 2023, o índice caíra 1,45% e acumulava queda de 7,44% em 12 meses.

 

O Termômetro CMA projetava elevação de 0,63% em junho. Para o acumulado em 12 meses, o Termômetro indicava alta de 2,99%.

 

O índice ao produtor antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados. Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor, conforme medido pelo IPC, que também registrou desaceleração na taxa de variação do grupo alimentação”, destacou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,55% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 0,97%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,73% em maio para 0,41% em junho. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 1,92% para 1,14%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,50% em junho, contra alta de 0,78% em maio.

 

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,88% em maio para 0,45% em junho. O principal responsável pelo recuo da taxa do grupo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,74% para 0,30%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,48% em junho, inferior a alta de 1,26%, no mês anterior.

 

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,80% em junho, porém com menor intensidade que a alta de 1,33% em maio. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (4,75% para -2,66%), soja (5,01% para 2,69%) e bovinos (-0,65% para -2,15%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: café em grão (-0,21% para 11,73%), cacau (-18,95% para 20,10%) e cana-de-açúcar (-1,97% para -0,07%).

 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,22% em junho, após ter registrado uma variação de 0,53% em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,87% para -0,75%), Habitação (0,41% para 0,13%), Transportes (0,49% para 0,19%), Alimentação (0,72% para 0,50%), Comunicação (0,46% para -0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,57%). As principais contribuições para esse movimento vieram dos seguintes itens: passagem aérea (5,52% para -4,81%), aluguel residencial (1,24% para 0,17%), transporte por aplicativo (8,60% para -7,03%), hortaliças e legumes (5,54% para 1,57%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,96% para -0,29%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 1,44%).

 

Em contrapartida, os grupos Vestuário (-0,54% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,44%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: roupas (-0,73% para 0,33%) e serviços bancários (0,00% para 0,86%).

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em junho, ante 0,86% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,37% para 0,38%), Serviços (0,54% para 0,20%) e Mão de Obra (1,55% para 1,23%).

 

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