IGP-DI registra alta de 0,64% em dezembro, acima do esperado

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São Paulo, 5 de janeiro de 2024 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)  subiu 0,64% em dezembro, o maior resultado desde maio de 2022, quando o índice havia registrado alta de 0,69%. No mês de novembro, a taxa havia sido de 0,50%. De janeiro a dezembro do 2023, o índice acumulou queda de 3,30%. Em dezembro de 2022, o índice havia subido 0,31% e acumulava elevação de 5,03% em 12 meses. O Termômetro CMA projetava elevação de 0,61% em dezembro. Para o acumulado em 12 meses, o Termômetro indicava baixa de 3,29%.

 

“O índice de preços ao produtor finalizou o ano com uma retração significativa de 5,92%. Entre as commodities alimentícias, as maiores influências para essa diminuição foram observadas na soja, com decréscimo de 21,68%, no milho, que caiu 27,54%, e nos bovinos, com queda de 13,58%. No que tange ao índice de preços ao consumidor, que registrou um aumento acumulado de 3,55% no ano, os itens que mais se destacaram foram a gasolina, com elevação de 11,54%, os planos de saúde, que subiram 10,16%, e o licenciamento de veículos (IPVA), com alta de 13,19%. Por outro lado, na construção civil, que viu seu índice aumentar 3,49%, o maior impacto foi da mão de obra, que apresentou um crescimento de 6,57% em 2023”, conforme enfatizado por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,79% em dezembro. No mês anterior, o índice havia variado 0,63%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,01% em novembro para 1,06% em dezembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -1,50% para 9,97%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,30% em dezembro, contra alta de 0,35% em novembro.

 

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,52% em novembro para -1,25% em dezembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,72% para -1,09%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,71% em dezembro, ante alta de 0,39%, no mês anterior.

 

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,90% em dezembro, após alta de 1,42% em novembro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: milho em grão (2,58% para 12,94%), leite in natura (-4,08% para -1,02%) e arroz em casca (3,85% para 10,74%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: mandioca/aipim (4,64% para 1,11%), trigo em grão (14,45% para 6,34%) e aves (1,14% para 0,52%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,29% em dezembro. Em novembro, o índice variara 0,27%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,47% para 1,01%), Transportes (-0,38% para -0,03%) e Vestuário (-0,11% para 0,52%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: frutas (0,12% para 4,25%), gasolina (-2,22% para -0,53%) e roupas (-0,27% para 0,48%).

 

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,38% para 0,42%), Despesas Diversas (1,24% para 0,10%), Comunicação (-0,09% para -0,39%), Saúde e Cuidados Pessoais    (-0,02% para -0,10%) e Habitação (0,29% para 0,24%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (6,56% para 1,55%), serviços bancários (2,19% para 0,15%), tarifa de telefone residencial (-0,50% para -2,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,19% para        -1,47%) e tarifa de eletricidade residencial (1,04% para 0,25%).

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,31% em dezembro, ante 0,07% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (-0,15% para 0,43%), Serviços (0,29% para 0,11%) e Mão de Obra (0,32% para 0,18%).

 

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