Por Olívia Bulla
São Paulo – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,50% em setembro em relação a agosto, mais que a previsão de +0,44%, conforme a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA. No mês anterior, o IGP-DI havia recuado 0,51% em relação a julho.
Com isso, o indicador acumula altas de 4,39% no ano e de 3,00% nos últimos 12 meses, até o mês passado. O resultado acumulado em 12 meses também ficou acima da previsão, de alta de +2,92%, também segundo o Termômetro CMA.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apagou a queda de 0,90% em agosto e subiu 0,69% em setembro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) reduziu a alta de 0,17% no mês anterior e ficou estável no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,42% para +0,46%, no mesmo período.
No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais teve queda de 0,17% em setembro, praticamente mantendo o ritmo de queda, após cair 0,10% em agosto, sendo que a maior influência veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -1,37% para -4,90%. Já o subíndice de bens intermediários apagou a queda e subiu 1,32% no mês passado, de -0,47% no mês anterior, enquanto o das matérias-primas brutas passou de -2,27% para +0,97%, no mesmo período.
Já nos itens de origem, ainda no IPA, os produtos agropecuários aceleraram a alta de 0,93% em agosto e subiram 1,06% em setembro, ao passo que os produtos industriais apagaram a queda de 1,49% e subiram 0,58%, na mesma comparação.
No IPC, apenas duas das oito classes de despesa apresentaram decréscimo na taxas de variação de preços. São elas: Alimentação, cuja taxa passou de -0,36% para -0,67%, e Habitação (de +0,81% para +0,22%). Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens frutas (de +0,36% para -4,12%) e tarifa de eletricidade residencial (de 3,36% para +0,27%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços acelerou a alta de 0,10% em agosto para +0,26% no mês passado, enquanto o custo da mão de obra praticamente manteve o ritmo e passou de +0,69% para +0,64%, na mesma base de comparação.
