São Paulo – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ganhou força e subiu 1,60% em junho, após avançar 1,07% em maio, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da previsão de alta de 1,40%, conforme a mediana do Termômetro CMA.
Com isso, o indicador acumula altas de 4,54% no ano e de 7,84% em 12 meses, até o mês passado, resultado que também ficou acima da previsão de alta 7,60%.
Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou a alta de 1,77% em maio e subiu 2,22% em junho; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apagou a queda de -0,54% no mês anterior e avançou 0,36% no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,20% para +0,34%, no mesmo período.
No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais acelerou a alta de 1,24% em maio e subiu 1,78% em junho, sendo que a maior influência veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de +5,89% para +20,61%. O subíndice de bens intermediários apagou a ligeira queda de 0,09% no mês anterior e avançou 2,75% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas desacelerou a alta de 4,15% para +2,16%, no mesmo período.
Já nos itens de origem, ainda no IPA, os produtos agropecuários reduziram o ritmo de alta e passaram de +1,56% em maio para +0,81% em junho, ao passo que os produtos industriais aceleraram a alta de 1,85% e subiram 2,75%, na mesma comparação.
No IPC, sete das oito classes de despesa apresentaram acréscimo nas taxas de variação de preços, com destaque para Transportes (de -2,06% para +1,05%). Nessa classe de despesa, destaque para o comportamento dos itens gasolina (de -7,08% para +3,28%) e passagem aérea (-14,08% para +1,37%).
Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços acelerou o ritmo de alta e subiu 0,74% em junho, de +0,44% em maio, enquanto o custo da mão de obra manteve a estabilidade vista no mês anterior.