O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou sua alta a 2,94% em fevereiro, após subir 2,53% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da aceleração, o resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +3,31%. Com isso, o IGP-M acumula altas de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses – número que também ficou acima do esperado, de +31,54%.
Apesar de o índice ter vindo abaixo das projeções, “todos os componentes do IGP-M registraram aceleração”, salientou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.
A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também acelerou a alta, passando de 3,28% no mês passado para 3,56% neste mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também intensificou o ritmo e subiu 0,98% em março, de +0,35% em fevereiro, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,07% para +2,00%, no mesmo período.
Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais acelerou fortemente o ritmo de alta e subiu 2,50% em março, ante avanço de 1,25% em fevereiro, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,86% no mês passado para +0,72% neste mês.
Em bens intermediários, houve alta de 6,33%, ante +4,67%, no mesmo período, enquanto as matérias-primas brutas reduziram a alta de 3,72% em fevereiro e avançaram 2,11% em março. Já nos itens de origem, o IPA agrícola desacelerou a alra de 3,68% no mês passado e subiu 1,70% neste mês, enquanto o IPA industrial acelerou de +3,12% para +4,31%, no período.
Entre os subgrupos do IPC, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Transportes (+1,45% para 3,97%), sendo que nessa classe de despesa merece destaque o comportamento do item gasolina (+4,42% para +11,33%).
No componente do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos subiu 4,44% neste mês, de +2,39% no mês passado, o índice de serviços desacelerou de +1,05% para +0,69% e o índice que mede o custo da mão de obra passou de +0,03% para +0,38%.
