São Paulo, 28 de agosto de 2020 – O Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 2,74% em agosto, acelerando-se em relação à alta de 2,23% apurada em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +2,59%. Com isso, o IGP-M acumula altas de 9,64% no ano e de 13,02% em 12 meses – número que também ficou acima do esperado, de +12,92%.
A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou-se ainda mais em relação à alta de 3,00% no mês passado e subiu 3,74% neste mês; ao passo que o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) manteve o ritmo de alta e avançou 0,48% em agosto, de +0,49% em julho, assim como o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC), que passou de +0,84% para +0,82%, no mesmo período.
Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais ganhou ritmo e subiu 1,25% em agosto, ante alta de 0,45% em julho, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -14,63% no mês passado para -4,28% neste mês.
Em bens intermediários, houve alta de 2,73%, ante +2,06%, no mesmo período, enquanto as matérias-primas brutas mantiveram o ritmo de alta, indo de +6,35% para +6,93%. Já nos itens de origem, o IPA agrícola acelerou a alta de 3,14% no mês passado para +4,80% neste mês, enquanto o IPA industrial passou de +2,94% para +3,34%, no período.
Entre os subgrupos do IPC, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Transportes (+1,45% para +0,87%), sendo que nessa classe de despesa, merece destaque para o comportamento dos itens gasolina (+4,45% para +2,66%).
No componente do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 1,18% neste mês, de +0,75% no mês passado, enquanto o índice que mede o custo da mão de obra desacelerou de +0,92% para +0,52%.