São Paulo, 29 de dezembro de 2020 – O Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,96% em dezembro, desacelerando-se fortemente em relação à alta de 3,28% apurada em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +1,23%. Com isso, o IGP-M acumula alta de 23,14% no ano e em 12 meses – número que também ficou abaixo do esperado, de +23,52%. O indicador é muito usado no reajuste anual dos contratos de aluguel em todo o país.
A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou fortemente em relação à alta de 4,26% no mês passado e avançou 0,90% neste mês; ao passo que o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) intensificou o ritmo de alta e subiu 1,21% em dezembro, de +0,72% em novembro, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,29% para +0,88%, no mesmo período.
Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais desacelerou levemente o ritmo de alta e subiu 2,04% em dezembro, ante alta de 2,74% em novembro, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +4,15% no mês passado para +2,29% neste mês.
Em bens intermediários, houve alta de 1,86%, ante +4,07%, no mesmo período, enquanto as matérias-primas brutas apagaram totalmente a alta de 5,60% em novembro e caíram 0,74%. Da mesma forma, nos itens de origem, o IPA agrícola apagou a alta de 8,96% no mês passado e recuou 1,82% neste mês, enquanto o IPA industrial passou de +2,31% para +2,09%, no período.
Entre os subgrupos do IPC, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Habitação (0,23% para 2,11%), sendo que nessa classe de despesa, merece destaque o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial (-0,16% para +8,59%).
No componente do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 1,76% neste mês, de +2,45% no mês passado, enquanto o índice que mede o custo da mão de obra passou de +0,24% para +0,06%.
